O
presidente Jair Bolsonaro disse, durante transmissão ao vivo nas redes sociais,
que vai apoiar a proposta que permite a venda direta de etanol entre os
produtores e postos de combustível. Para isso, ele afirmou que pretende
dialogar com os presidentes da Câmara e do Senado para tentar viabilizar no
Congresso a revogação de uma resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP)
que proíbe a prática.
"Se
Deus quiser, nós vamos romper essa barreira (da venda direta de combustíveis) e
nossa previsão é de que, com isso, o preço caia pelo menos 20 centavos o litro
do etanol, porque isso evita o que a gente chama de passeio do álcool",
disse Bolsonaro. A proposta, segundo ele, poderia valer para outros tipos de
combustível, como o óleo diesel.
O
presidente avaliou que "não tem cabimento" o deslocamento que é feito
por caminhões sem a venda direta. "O caminhão sai da refinaria por 100,
200, 300 quilômetros e depois volta para 300 quilômetros para ficar a 10
quilômetros da usina, não tem cabimento isso aí." Além disso, defendeu que
o comércio de combustíveis sem intermediários poderia evitar trânsitos e
acidentes nas estradas.
Segundo
Bolsonaro, ele já conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
sobre o tema, e ainda pretende falar com o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP). "Eles são os donos da pauta (no Congresso)",
ponderou o presidente.
Energia solar
Na
live, Bolsonaro voltou a falar sobre a sua posição contrária à possibilidade de
taxar a energia solar. Para o presidente, "não é justo" alguém que
usa painéis solares em casa ou em fazendas ser taxado por isso.
A
posição de Bolsonaro sobre o tema vai contra o posicionamento do ministro Paulo
Guedes, da Economia, que era a favor de cobrar uma taxa sobre o
compartilhamento da energia excedente produzida por usuários que contam com
estrutura própria de geração solar fotovoltaica.
Fonte: Folha Vitoria