Grupo
XCMG pretende financiar por meio da instituição R$ 300 milhões em até cinco
anos. O banco do grupo é o primeiro no mundo. Mesmo na China, a empresa não
atua no sistema financeiro
Avesso ao “comunismo
chinês” na encenação da campanha eleitoral em 2018, Jair Bolsonaro reservou a
“luta” contra a ideologia para os inimigos internos e escancarou as portas do
país para o capital da República Socialista do oriente.
Na última segunda-feira
(6), o grupo XCMG, um dos maiores fabricantes de maquinário pesado da China,
anunciou a abertura de um banco no Brasil para financiar fabricantes de
máquinas e outras empresas do setor.
“O banco pretende
ajudar muito a infraestrutura brasileira, oferecendo máquinas melhores a juros
baixos”, afirmou o presidente da instituição, Wang Min, em entrevista à Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (6).
Na prática, o banco
chinês deve competir diretamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), servindo como linha auxiliar do governo para
sucatear a instituição, duramente atacada por Bolsonaro, que não conseguiu
comprovar no poder sua propagada fake news ao abrir a “caixa-preta” da estatal.
A instituição chinesa
também vai brigar com o Banco do Brasil, que passa por um processo de desmonte
a mando de Paulo Guedes, ministro da Economia, com vista à privatização.
O grupo XCMG pretende
financiar por meio da instituição R$ 300 milhões em até cinco anos. O banco do
grupo é o primeiro no mundo. Mesmo na China, a empresa não atua no segmento
bancário.
A instituição
financeira foi autorizada pelo BC em outubro de 2019 e a operação está prevista
para o primeiro trimestre deste ano.
Em novembro, a China
direcionou mais de US$ 100 bilhões de pelo menos cinco fundos estatais para uma
nova rodada de investimentos no Brasil.
Pequim também sinalizou
com uma expansão do crédito por meio de seus bancos no Brasil para competir
principalmente por clientes do agronegócio e da indústria.
Revista Fórum