A Caixa Econômica
Federal confirmou notícia antecipada pela Coluna do Broadcast de que
firmou parceria com a Visa. Trata-se do primeiro negócio fechado pelo banco
público para constituir um braço de meios de pagamentos e que também será
listado em bolsa. O valor do negócio não foi divulgado.
A Caixa antecipou a
divulgação da parceria após a notícia dada pela Coluna do Broadcast.
Conforme o banco, o contrato entre Caixa e Visa está em fase de aprovação e
será assinado em breve.
"A parceria
prevê participação preferencial da Visa na emissão de cartões de crédito e
débito e outros meios de pagamento eletrônicos que são comercializados nas
agências, lotéricas e correspondentes da Caixa em todo Brasil", explica o
banco em fato relevante divulgado há pouco.
A Visa será a segunda
bandeira de cartões do banco público. Com a parceria, terá acesso a cerca de
30% da sua base. Isso porque os outros 70% têm de ser emitidos com a marca Elo,
da qual é sócio com o Bradesco e o Banco do Brasil. Ao fim de dezembro, a Caixa
somava uma base de 109,3 milhões de cartões, que representaram volume
financeiro de quase R$ 211 bilhões no ano passado.
Nos bastidores, o que
se comenta é que a Visa pagou caro pela parceria, conforme apurou a Coluna junto
a fontes de mercado. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse ontem que o
negócio "renderá um valor importante" para o banco. A expectativa é
de que a cifra chegue na casa do bilhão.
Para a Visa, o
investimento faz sentido. A gigante perdeu o posto de líder do mercado
brasileiro para a rival Mastercard nos últimos anos. O enlace com a Caixa é um
fio de esperança na tentativa de retomar a liderança no Brasil, o segundo maior
mercado para a bandeira no mundo, atrás somente dos Estados Unidos.
A Caixa criou a
subsidiária de cartões no mês passado. Para capitanear o negócio, Guimarães
promoveu o até então vice-presidente de varejo do banco, Júlio Cesar Volpp
Sierra. A ideia é que a Caixa Cartões contemple, além da atividade de emissão e
gestão de meios de pagamentos, um parceiro de maquininhas e ainda um do ramo de
fidelidade.
Fonte: Folha Vitoria