Nesta quarta-feira (05) o presidente disse que zera os tributos federais que incidem sobre os combustíveis somente se os governadores zerarem o ICMS. Será que ele combinou isso com o Paulo Guedes?
Em resposta ao proposto
pelo presidente, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, se
posicionou sobre o assunto em suas redes sociais e se colocou a disposição para
tratar do assunto, lembrando que quem define a política de preços dos
combustíveis é o governo federal.
“Quem tem que tomar a iniciativa, quem é protagonista nesse episódio é o governo federal, que tem todos os instrumentos para debater e tomar medidas com relação a esse assunto. Mas, eu como governador do Estado tenho total interesse na redução do preço do combustível para o consumidor, então me coloco inteiramente a disposição para que de uma forma equilibrada, responsável com as contas públicas e com base técnica a gente possa discutir com o governo federal medidas que causem efeito no valor final dos combustíveis”, disse o governador.
“Quem tem que tomar a iniciativa, quem é protagonista nesse episódio é o governo federal, que tem todos os instrumentos para debater e tomar medidas com relação a esse assunto. Mas, eu como governador do Estado tenho total interesse na redução do preço do combustível para o consumidor, então me coloco inteiramente a disposição para que de uma forma equilibrada, responsável com as contas públicas e com base técnica a gente possa discutir com o governo federal medidas que causem efeito no valor final dos combustíveis”, disse o governador.
As atitudes provocativas
do presidente Jair Bolsonaro para com os governadores são uma maneira de o presidente sinalizar para suas bases. No episódio de hoje, a
intenção principal talvez fosse falar, principalmente, aos caminhoneiros, categoria que tanto
pressiona a federação quanto ao assunto.
O ICMS dos combustíveis
é uma das principais fontes de receita para os Estados e a maioria deles se encontra
em situação fiscal delicada, ou mesmo, enfrentado grave crise.
Segundo especialistas,
a fala do presidente, como de praxe, é mais uma vez impensada e descabida. Definitivamente o proposto
em seu desafio não sinaliza para a solução de nenhum problema, apenas criaria
outros maiores diante da crise fiscal que muitos Estados enfrentam.
Ao ser questionado
sobre o desafio do presidente aos governadores, o ministro Paulo Guedes não fez
nenhum comentário. Certamente pensou em falar alguma coisa, dizer que não pode abrir
mão de nenhuma fonte de arrecadação, mas decidiu por manter-se calado, apenas
entrou no carro e seguiu para cumprir sua agenda.
(Por Noroeste News)