A Petrobras divulgou ontem
(19) o relatório com seus resultados financeiros do quarto trimestre do ano
passado. Com esses dados, foram também consolidados os resultados de 2019. A
estatal registrou no ano passado um lucro líquido de R$ 40,1 bilhões, o maior
de sua história. O montante representa um aumento de 55,7% em relação a 2018.
O resultado,
divulgado em meio a uma greve de petroleiros que
dura 19 dias, supera o desempenho de 2010, quando o lucro ficou em R$ 35,19
bilhões. Até então, este era o recorde da estatal. O relatório aponta que o
desempenho teve influência das ações de desinvestimento, como a venda das
subsidiárias TAG e BR Distribuidora e de campos de petróleo.
Junto ao relatório,
foi divulgada uma mensagem aos acionistas assinada pelo presidente da
Petrobras, Roberto Castello Branco. Ele aponta que este foi o primeiro ano da
implementação de uma nova estratégia sustentada em cinco pilares: maximização
do retorno sobre o capital empregado, redução do custo do capital, busca
incessante por custos baixos, meritocracia e respeito às pessoas e ao meio
ambiente e foco na segurança das operações.
Castello Branco
destacou as duas ofertas públicas secundárias de distribuição de ações
ordinárias da Petrobras de propriedade de bancos públicos. A primeira delas,
realizada pela Caixa Econômica Federal, levantou R$ 7,3 bilhões. A segunda
oferta, finalizada no início do mês,
foi realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), R$ 22,06 bilhões.
Nesta última
transação, o presidente da estatal destacou dois aspectos: “A condução com
sucesso em meio à fase de alta volatilidade de preços de ações e petróleo
provocada pelo choque do coronavírus sobre a economia global; e a participação
de 55.000 investidores individuais brasileiros na compra das ações, o que é
extraordinariamente bom para o desenvolvimento do mercado de capitais local”.
Lucro operacional
O relatório também
registra um recorde de R$ 129,2 bilhões de Ebitda, que é o lucro operacional
excluindo-se os juros, impostos, depreciação e amortização. Trata-se de um
crescimento de 12,5% na comparação com 2018. Esse desempenho, segundo a
estatal, foi alcançado graças aos menores custos de produção e menores
contingências.
Um total de R$ 10,6
bilhões foi distribuído aos acionistas, incluindo os dividendos e os juros
sobre capital próprio (JCP). O montante equivale a R$ 0,73 por ação ordinária e
R$ 0,92 por ação preferencial em circulação.
Quarto trimestre
Considerando apenas o
quarto trimestre de 2019, o lucro líquido foi de R$ 8,1 bilhões, 10,28% a menos
que o terceiro trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano anterior,
houve crescimento de 287,87%. No quarto trimestre de 2018, o lucro foi de R$
2,1 bilhões.
O Ebitda do quarto
trimestre de 2019 alcançou R$ 36,5 bilhões, alta de 12% na comparação com o
terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2018, o crescimento foi
de 25,27%.
Fonte: Agencia Brasil