O tomate é novamente
o vilão dos preços nos supermercados. Nos primeiros três meses deste ano, ele
deve aumentar em até 30%. Já o limão é o que deve registrar a maior queda no
preço no mesmo período, de até 40%.
Uma série de fatores
influenciam os preços das frutas, legumes e verduras, como a sazonalidade, a
alta procura e a distribuição. Por isso, é bom saber para poder economizar na
hora da compra. No caso do tomate, como a demanda pelo item é sempre grande, já
que faz parte dos produtos mais consumidos pelos brasileiros, a baixa oferta
aumenta os preços.
Veja a variação dos
preços, segundo pesquisa da Apas:
Saiba por que os preços variam e como economizar
Limão - O aumento do
limão acontece no segundo semestre quando entra em fim de safra e entressafra à
partir de agosto. Em janeiro inicia-se a safra da fruta e a colheita vai de
fevereiro até julho. O consumo do produto associado com bebidas alcoólicas é
comum em grande parte dos coquetéis de verão.
Banana
- A banana nanica fica de entressafra em janeiro e fevereiro e só retorna
em março. A redução de 3% na área de colheita somado ao granizo no Vale do
Ribeira em São Paulo contribuem para que o primeiro trimestre registre um
aumento de 8%.
Maçã - A entressafra
da maçã fuji acontece em novembro e dezembro. A safra começa em março. Em 2020,
a Apas estima aumento de até 9% por conta do atraso da colheita da maça tipo
gala devido o inverno mais ameno e as chuvas em Santa Catarina que reportam
mais doenças.
Tomate
- O último trimestre de 2019 fechou com preços em baixa devido a maturação
rápida por conta das altas temperaturas. Para o economista da Apas, Thiago
Berka, a redução foi pontual uma vez que a área cultivada caiu 8,4% e sem
perspectiva de melhora. Desta forma, ele espera um aumento de 20% até 30% no
primeiro trimestre, já que na segunda semana de janeiro a Ceagesp reportou
aumentos de até 50% nos preços.
Cenoura - Com
aumento de área plantio na safra de inverno e a rentabilidade alta pela subida
dos preços do primeiro semestre, muitos produtores migraram para a produção da
cenoura. Assim a oferta é positiva no primeiro trimestre e o aumento de preço
deve ficar limitado em 10%, já que em fevereiro termina-se a safra e março é
entressafra.
Batata – O
tubérculo foi uma das vilãs de 2019, quando passou quase todo o ano com fortes
aumentos. O preço no atacado bateu recordes chegando ao maior preço da série
histórica desde 2012. Segundo Berka, as causas da produção ruim foram uma menor
área e baixa qualidade, além dos produtores segurando produção para garantirem
o máximo de preço.
Cebola – 2019
foi um ano em que o Brasil aumentou 81% as importações argentinas e União
Europeia devido à forte queda da oferta nacional causado por conta da queda de
12% de redução de área de plantio. Os produtores comemoraram os preços maiores
e muitos migraram para aumentar a área plantada. Com a colheita de safra no
primeiro trimestre, o preço deve abaixar, mas ficar próximo de 6%.
Alface – A
verdura está com preços estáveis e a colheita 2020 indica 12% de aumento de
área de plantio, mesmo assim, o crescimento do preço é de até 9%.
Fonte: Apas