A Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) inicia nesta sexta-feira
(6) o novo modelo de concessão de bolsas de pós-graduação para mais de 350
instituições de ensino superior públicas e privadas do país. A distribuição
será com base no desempenho acadêmico e no Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) da cidade onde o curso é ofertado.
A relação das bolsas
de mestrado e doutorado será divulgado no site da
autarquia, e estarão disponíveis para serem distribuídas pelos
cursos aos estudantes em março. Essa é a primeira vez que a Capes define regras
unificadas para a concessão do benefício. Serão redistribuídas 84,1 mil bolsas.
Não se tratam de
novas bolsas, mas de bolsas existentes que serão redistribuídas de forma
gradual de acordo com os critérios estabelecidos pela Capes. Os estudantes que
já têm bolsas de estudo não serão atingidos. As regras valem apenas para as
vagas que estão desocupadas ou cuja previsão de conclusão de pesquisa seja este
ano.
Cursos que perderem
bolsas pelo novo cálculo, mas que estiverem com as bolsas ocupadas, permanece
com as bolsas até a conclusão das pesquisas, mas não poderão ofertar o
benefício a novos estudantes.
Atualmente, as
universidades e os programas de pós-graduação têm uma determinada quantidade de
bolsas de estudos. Se um bolsista conclui a pesquisa, a bolsa é repassada para
um novo bolsista do mesmo programa.
Agora, as bolsas não
permanecerão, necessariamente, no mesmo programa. Um curso de mestrado ou
doutorado poderá perder ou ganhar bolsas de acordo com os critérios
estabelecidos. Haverá uma transição para que os cursos não sejam prejudicados.
Eles poderão perder, no máximo, 10% das bolsas ou ganhar até 30% das bolsas
atuais.
Segundo a Capes, o
modelo foi pensado para corrigir distorções. “O modelo revê, por exemplo, a
distribuição de bolsas de estudos para cursos que possuem a mesma nota está na
mesma área de conhecimento e localização geográfica, mas contam com
quantitativos de bolsas muito diferentes. Também entram nesse contexto cursos
de excelência com número de bolsas inferior ao de cursos com nota mínima
permitida”, informou a autarquia.
Os critérios valem
até fevereiro de 2021 e poderão ser revistos após esse período. As regras valem
para os Programas de Demanda Social (DS), Programa de Excelência Acadêmica
(Proex), Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino
Particulares (Prosup) e Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições
Comunitárias de Ensino Superior (Prosuc).
Atualmente, os
bolsistas de mestrado recebem, por mês, R$ 1,5 mil e os de doutorado, R$ 2,2
mil.
Fonte: Agencia Brasil