Os preços do petróleo
caíam fortemente nesta quinta-feira (12), após inesperadas restrições a viagens
impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma tentativa de
parar a disseminação do coronavírus após a Organização Mundial de Saúde (OMS)
ter classificado o surto como uma pandemia.
A queda nos preços
também é influenciada por uma inundação de oferta barata no mercado após a
Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos terem afirmado que elevarão a
produção em meio a uma disputa com a Rússia.
O petróleo Brent
recuava 2,48 dólar, ou 6,93%, a 33,31 dólares por barril, às 8:18 (horário de
Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 2,05 dólar, ou 6,22%, a 30,93
dólares por barril.
"Se a guerra por
participação no mercado não for parada, os estoques globais de petróleo ficarão
cheios e os preços do Brent vão de novo ser negociados na casa dos 20 dólares
até o final do ano", disse o chefe de estratégia em energia da BCA
Research, Robert Ryan.
Os dois contratos de
referência do petróleo caíram cerca de 50% desde máximas tocadas em janeiro.
Eles tiveram a maior queda percentual diária desde 1991, com a Guerra do Golfo,
na segunda-feira, após a Arábia Saudita ter iniciado a guerra de preços.
O movimento
surpreendente de Trump de restringir voos provavelmente significará uma queda
maior na demanda por combustível de aviação e outros, em um mercado de petróleo
já bastante impactado, embora ainda seja difícil estimar os efeitos da medida.
Agência de notícias britânica