As instituições
financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a projeção para a
inflação e reduziram a estimativa de crescimento da economia.
A projeção para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país – caiu de 2,17% para 1,99% em 2020, na quarta redução
consecutiva. A estimativa das instituições financeiras para os anos seguintes -
2021, 2022 e 2023 – permanece em 2,50%.
Inflação
A estimativa para a
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
subiu de 3,19% para 3,20%. A informação consta no boletim Focus, pesquisa
semanal do BC que traz as projeções de instituições para os principais
indicadores econômicos.
Para 2021, a
estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os anos seguintes
também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.
A projeção para 2020
está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A
meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020. Para 2021, a
meta é 3,75% e para 2022, 3,50%. O intervalo de tolerância para cada ano é 1,5
ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, em 2020, por exemplo, o
limite mínimo da meta de inflação é 2,5% e o máximo, 5,5%.
Para alcançar a meta
de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente em 4,25% ao ano. Para o mercado financeiro, a Selic
deve ser mantida no atual patamar até o fim do ano. Em 2021, a expectativa é de
aumento da taxa básica, encerrando o período em 5,5% ao ano. Na semana passada,
a previsão estava em 5,75% ao ano, ao final de 2021. Para o fim de 2022 e 2023,
a previsão foi mantida em 6,5% ao ano.
Quando o Comitê de
Política Monetária (Copom) reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da
inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom
aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso
causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Já a manutenção da Selic indica que o Copom considera as
alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Dólar
A previsão do mercado
financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 4,20 para o fim deste ano e
subiu de R$ 4,15 para R$ 4,20, ao fim de 2021.
Fonte: Agência Brasil