A inflação de
fevereiro apresentou alta de 0,25%, depois de variar 0,21% em janeiro. O
resultado foi medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
divulgado nesta quarta-feira (11) pelo IBGE.
Foi o menor resultado
para um mês de fevereiro desde 2000, quando o índice foi de 0,13%. No ano, o
IPCA acumulou alta de 0,46% e, nos últimos 12 meses, de 4,01%, abaixo dos 4,19%
observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2019, a taxa
havia sido 0,43%.
O maior impacto no
índice do mês, 0,23 ponto percentual (p.p.), veio do grupo Educação, que também
registrou a maior variação (3,70%) entre os nove grupos de produtos e serviços
pesquisados. Outros quatro grupos também apresentaram alta, com destaque para
Saúde e cuidados pessoais (0,73% de variação e 0,10 p.p. de impacto) e
Alimentos e bebidas (0,11% de variação e 0,02 p.p. de impacto). No lado das
quedas, a contribuição negativa mais intensa (-0,06 p.p.) veio de Habitação
(-0,39%), enquanto a maior queda ficou com Vestuário (-0,73%). Os demais grupos
ficaram entre a queda de 0,23% em Transportes e a alta de 0,31% em Despesas
Pessoais.
A alta do grupo
Educação (3,70%) é resultado dos reajustes habitualmente praticados no começo
do ano letivo, especialmente aqueles dos cursos regulares (4,42%), item
responsável pela maior contribuição individual (0,20 p.p.) no IPCA de
fevereiro. Os cursos diversos (2,67%) também registraram alta, com impacto de
0,02 p.p. no resultado do mês.
Em Saúde e cuidados
pessoais (0,73%), o destaque ficou com os itens de higiene pessoal, que subiram
2,12%, com impacto de 0,08 p.p. em fevereiro, após a queda de 2,07% no mês
anterior. Por outro lado, os preços dos produtos farmacêuticos (-0,38%) caíram
na comparação com janeiro, contribuindo com -0,01 p.p.
Carne mais em conta
O resultado de
Alimentação e bebidas (0,11%) foi mais uma vez afetado pela queda nos preços
das carnes (-3,53%), que já haviam recuado 4,03% no mês anterior.
A alimentação fora do
domicílio (0,22%) também desacelerou em relação ao resultado de janeiro. Tanto
a refeição (0,35%) quanto o lanche (0,02%) apresentaram variações menores na
comparação com o mês anterior.
O grupo Vestuário
(-0,73%) teve queda mais intensa em relação a janeiro (-0,48%), influenciado
pelas variações negativas nos itens roupas femininas (-1,23%), roupas
masculinas (-1,05%), calçados e acessórios (-0,46%) e, também, nas roupas
infantis
(-0,34%). Por outro lado, joias e bijuterias (1,32%) subiram pelo oitavo mês consecutivo.
(-0,34%). Por outro lado, joias e bijuterias (1,32%) subiram pelo oitavo mês consecutivo.
Após a alta de 0,55%
em janeiro, o grupo Habitação registrou deflação de 0,39%, por conta do item
energia elétrica (-1,71%), cujo impacto no índice do mês foi de -0,08 p.p. Em
fevereiro, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança
adicional na conta de luz. À exceção de Vitória (2,32%) e Fortaleza (0,25%),
todas as áreas apresentaram variações negativas.
Transporte mais caro
No lado das altas, os
destaques dos Transportes foram os reajustes em diversas modalidades de
transporte público, como os ônibus urbanos (0,36%), os ônibus intermunicipais
(1,95%), os trens (0,87%) e o metrô (0,55%).
Por fim, destaca-se a
variação positiva do grupo Comunicação (0,21%), em função dos reajustes nos
preços dos serviços postais, que levaram o item correio a uma alta de 17,30%,
com impacto de 0,01 p.p. no índice do mês.
Deflação
Quanto aos índices
regionais, apenas a região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,02%) teve
deflação em fevereiro, dada a queda nos preços das carnes (-8,39%), que
contribuíram com - 0,18 p.p. no resultado da área. A maior variação positiva
ficou com a região metropolitana de Fortaleza (0,80%), por conta da alta nos
cursos regulares (5,86%).
Fonte: Noticias R7