Pela quinta semana
seguida, instituições financeiras consultadas pelo Banco central (BC) reduziram
a estimativa de crescimento da economia este ano. De acordo com o boletim
Focus, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país – caiu de 1,99% para 1,68% em 2020.
O boletim semanal do
BC traz as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores
econômicos nos próximos anos. As previsões do mercado para o PIB de 2021, 2022
e 2023 continuam em 2,50%.
Já a cotação do dólar
deve fechar o ano em R$ 4,35. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana
continue no patamar alto e encerre o ano em R$ 4,20.
Inflação
As instituições
financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão para a inflação de
2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –
a inflação oficial do país – caiu de 3,20% para 3,10%.
Para 2021, a
estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,75% para 3,65%. A previsão
para os anos seguintes, 2022 e 2023, não teve alterações e permanece em 3,50%.
A projeção para 2020
está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A
meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo
de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a
meta é 3,75% e para 2022, 3,50%.
Selic
Para alcançar a meta
de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja
reduzida para 3,75% ao ano até o fim de 2020.
Quando o Copom reduz
a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a
atividade econômica.
Quando o Copom
aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso
causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as
alterações anteriores suficientes para atingir a meta de inflação.
Para 2021, a
expectativa é que a taxa básica suba para 5,25% ao ano. Para 2022 e 2023, as
instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6% ao ano e 6,25 ao
ano, respectivamente.
Fonte: Agencia Brasil