Terminar o mês
escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de brasileiros
que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por causa da pandemia
do novo coronavírus. Para reduzir o prejuízo, o governo adiou e até suspendeu
diversos pagamentos esse período. Foi divulgado na última terça-feira
(28), pelo Banco Central (BC), que as taxas de juros do crédito para empresas e
pessoas físicas caíram em março.
A taxa média de juros
para pessoas físicas ficou em 46,1% em março, com redução de 0,6 ponto
percentual em relação a fevereiro. Entre as modalidades para pessoas físicas,
está o cheque especial com taxa de 130% ao ano (7,2% ao mês), redução em 0,6
ponto percentual. O BC determinou que os bancos não poderão cobrar taxas
superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano.
Dívidas em bancos
• Autorizados por uma
resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), os cinco principais bancos do
país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e
Santander – abriram renegociações para prorrogarem vencimentos de dívidas por
até 60 dias.
• Renegociação não
vale para cheque especial e cartão de crédito.
• Clientes precisam
estar atentos para juros e multas. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor (Idec), é preciso verificar se o banco está propondo uma pausa no
contrato, sem cobrança de juros durante a suspensão, ter cuidado com o acúmulo
de parcelas vencidas e a vencer e perguntar se haverá impacto na pontuação de
crédito do cliente.
Cartão de crédito
• Já os juros do
rotativo do cartão de crédito subiram em março, chegando a 326,4% ao ano, com
aumento de 3,8 pontos percentuais em relação a fevereiro.
O rotativo é o
crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura
do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições
financeiras parcelam a dívida.
Na modalidade de
parcelamento das compras pelo cartão de crédito, os juros chegaram a 186,5% ao
ano em março, com aumento de 0,1 ponto percentual.
Empresas e pessoas
físicas
• Suspensão, por 90
dias, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos. Imposto
deixará de ser cobrado de abril a junho, injetando R$ 7 bilhões na economia.
Crédito pessoal
• A taxa de juros do
crédito pessoal não consignado subiu para 94,7% ao ano em março, com queda de
11,9 pontos percentuais em relação a fevereiro.
A taxa do crédito
consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu 0,4 ponto percentual, indo
para 21% ao ano no mês passado.
Com Informações Agência Brasil