O Ministério da
Saúde passou a recomendar, no início de abril, o uso de máscaras para
diminuir o risco de contaminação pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Podem ser as
de tecido, costuradas em casa, ou as descartáveis. Já as cirúrgicas, em falta
nos hospitais, devem ficar restritas a médicos e profissionais de enfermagem.
É importante que
todos usem a máscara da forma correta: cobrindo completamente o nariz e a
boca, sem vãos laterais. Segundo infectologistas, manusear ou descartar o
equipamento da forma errada pode aumentar o risco de contaminação.
A máscara funciona
como uma barreira: quem já estiver contaminado não vai espalhar gotículas
com o vírus ao falar, tossir ou espirrar, por exemplo. E aqueles que estiverem
saudáveis também terão uma proteção no rosto para que as mucosas da boca e do
nariz não entrem em contato com partículas contaminadas.
Em resumo, portanto,
a função da máscara é cobrir as “portas de entrada e de saída” do vírus no
organismo. Daí vem a importância de jamais deixar os lábios e as narinas
expostos.
Para que a proteção
seja efetiva, o ideal é que a máscara cubra o nariz inteiro e desça até o
queixo, de modo que não sejam formados vãos por onde gotículas possam entrar. O
equipamento não vai se mover pelo rosto -- vai moldar-se a ele.
Para tirar a máscara
por pouco tempo - ao beber água, por exemplo -, não a puxe para o queixo. Primeiramente,
porque, ao fazer isso, você terá de encostar na parte do tecido, que pode estar
contaminada. O ideal é só tocar nas cordinhas ou no elástico.
Além disso, há o
risco de a máscara se inverter, ao ser tirada do queixo e posicionada novamente
no rosto. “A parte externa, que talvez esteja com o vírus, pode virar para
dentro e ficar em contato com a pele, justamente na área das mucosas. Ocorreria
a contaminação”, explica Jean.
Quando for fazer uma
pausa para a refeição, por exemplo, jamais coloque a máscara sobre a mesa:
a superfície pode estar contaminada. “Ainda mais em ambientes de uso
comum, como cafeterias das empresas, há o risco de contágio. O ideal é guardar
a máscara em um saquinho limpo”, explica Granato.
Caso seja um intervalo
rápido, tire a máscara de trás para frente, tocando apenas nos elásticos, e
segure-a (sempre evitando encostar na parte do tecido). Depois, recoloque-a,
também pelos elásticos.
Conforme explicado
acima, devemos evitar tocar na parte de tecido da máscara. Suponha
que você esteja em um transporte público e que alguém contaminado, sem usar o
equipamento de proteção, tussa a uma curta distância. A face externa da sua
máscara ficará com gotículas que contêm o vírus.
Se você tocar nessa
parte, seja para ajeitar o tecido ou tirar/colocar a máscara, contaminará suas
mãos. Ao levá-las aos olhos, pode contrair a doença. Ou, se encostar em outros
objetos, espalhará o vírus e poderá infectar outras pessoas.
Com Informações G1.Globo