Uma nova nuvem de
gafanhotos surgiu no Paraguai e colocou novamente em alerta as autoridades
brasileiras devido ao potencial risco de destruição de plantações. Os insetos
estão no Parque Nacional Defensores del Chaco, em Teniente Pico, a cerca de 300
quilômetros da fronteira do Brasil e da Argentina.
Conforme o Serviço
Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal e de Sementes do Paraguai (Senave),
caso haja condições climáticas ideais, o aglomerado de gafanhotos pode se
movimentar para as regiões de Boquerón, na fronteira com Bolívia e Argentina,
ou Alto Paraguai, na fronteira entre Brasil e Bolívia com o Paraguai.
Há o risco dos
insetos que estão no Paraguai se movimentarem para o sul da Argentina e
chegarem ao Brasil pelo Rio Grande do Sul. "Nós temos receio que possa se
deslocar para cá", salienta o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal
da Secretaria da Agricultura do RS, Ricardo Felicetti, que observa que a
formação dessas nuvens de gafanhotos é comum nessa região do Paraguai.
O Estado ainda está
em alerta em relação a outro aglomerado de 400 milhões de insetos, desta vez na
Argentina, que se aproximou do RS no final de junho. O acumulado estava
praticamente parado devido às baixas temperatura e o registro de chuva na
região. Entretanto, no último sábado (11), a nuvem de gafanhotos avançou 14
quilômetros em direção à fronteira com o Rio Grande do Sul. Antes, os insetos
estavam a 144 quilômetros de distância de Barra do Quaraí (RS). Agora, estão a
130 quilômetros.
A preocupação é de
avanço dos gafanhotos para o Estado no final de semana, quando as temperaturas
vão aumentar, garantindo ambiente propício para os insetos que gostam de tempo
seco e quente. "Nós estamos apreensivos quanto a isso. Tem massa de ar quente
chegando, deve ocorrer aumento nas temperaturas no final de semana. São
temperaturas ideais para eles". Devido à situação, o governo estadual
manteve em campo os "caça-gafanhotos" — engenheiros agrônomos
que monitoram possível ingresso dos insetos no estado.
Fonte: UOL e Roma News