No último fim de
semana, a força tarefa da operação Amazônia Viva se deslocou até o assentamento
Corta-Corda, na região da TransUruará, próximo a Santarém, oeste do Pará, área
conhecida pela intensa exploração de madeira ilegal e pelos conflitos agrários.
No local, as equipes encontraram quatro motosseras, quatro armas de fogo e um
trator com pá carregadeira. A operação já embargou 7,5 mil hectares de terras.
Na região do
Corta-Corda, dois acampamentos montados pelos criminosos foram destruídos, mas
os ocupantes conseguiram fugir antes da chegada dos 25 agentes.
Também no fim de
semana, uma outra equipe integrada da Força Estadual de Combate ao
Desmatamento, coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade do Pará (Semas), flagrou uma área desmatada na zona rural de
Anapu, no sudeste do Estado. Duas pessoas foram presas na ação, no momento em
que usavam o trator de esteira para derrubar e arrastar as toras de madeira. O
equipamento foi inutilizado no local e três motosserras foram apreendidas.
No dia 16, os fiscais
encontraram em Travessão do Ajax, área rural de Anapu, uma área desmatada por
meio de queimada ilegal. O proprietário foi conduzido à delegacia para
responder pelo crime ambiental.
O diretor de
Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro explica que a Operação tem um alcance
maior do que a maioria das ações já feitas no Estado, pela quantidade de
pessoas envolvidas nas ações e abrangência do território fiscalizado.
"Estamos na segunda fase de trabalho, com sete frentes de ação, que
abrangem 15 municípios com maior índice de desmatamento do Estado".
Balanço
Nos cinco primeiros
dias de trabalho foram embargados 7.547 hectares de terra, apreendidos quatro
caminhões, 18 motosserras, 179 mil metros cúbicos de madeira serrada e estacas,
mais mil metros cúbicos de madeira em tora e quatro armas de fogo, além da
destruição e inutilização de cinco acampamentos, dois tratores e uma base de
serraria móvel. Foram gerados nove procedimentos pela Polícia Civil e três
pessoas foram presas.
A segunda fase da
Operação Amazônia Viva segue até o final do mês, em diversas regiões do Estado,
com o objetivo de coibir crimes ambientais, como queimadas, retirada ilegal de
madeira e garimpos clandestinos. Todo o trabalho foi montado de maneira
estratégica, com base nos dados do satélite que faz o monitoramento de áreas
degradadas da floresta.
"O que nós
buscamos com o Amazônia Viva, é que as operações se prolonguem, para causar uma
quebra na cultura de fazer operações pontuais, que surtem efeito momentâneo apenas.
A ideia é que, com essa cultura de permanência, a presença dos fiscais possa
impedir os crimes ambientais no Estado", esclareceu o secretário de Meio
Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O'de Almeida.
Com Informações G1 Globo
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