Dados do IBGE mostram que 5,1% da população de 0 a 4 anos de idade e 7,3% da população de 5 a 17 anos convivem com a insegurança alimentar
Após cair no período
entre 2009 e 2013, o nível de insegurança alimentar no Brasil saltou
14 pontos percentuais e passou a atingir 36,7% dos domicílios em 2018. As
informações foram divulgadas nesta quinta-feira (17), pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo os dados da
POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), o aumento expressivo foi verificado em
todos os níveis de insegurança alimentar, com salto mais expressivo no grau
leve, que passou de 14,8% para 24% dos lares (+62,16%).
Também houve aumento
dos graus mais severos de insegurança alimentar. Na passagem de 2013 para 2018,
os casos moderados subiram 76%, de 4,6% para 8,1%. A situação mais grave agora
aflige 4,6% dos domicílios, ante 3,2% em 2013.
Os números mostram
que 5,1% da população de 0 a 4 anos de idade e 7,3% da população de 5 a 17 anos
de idade conviviam com a alimentação inadequada de maneira grave, a pior delas.
Já na população de 65 anos ou mais, a proporção era de 2,7%.
“À medida que aumentava a idade, aumentavam,
também, as proporções daqueles que viviam em domicílios em segurança alimentar
e diminuíam, consequentemente, as proporções dos moradores em insegurança
alimentar”, destaca a POF.
O estudo aponta ainda
que os índices de insegurança alimentar moderada ou grave são maiores
naqueles domicílios cuja pessoa de referência é uma mulher (15,3%). Para
domicílios onde a pessoa de referência é um homem, a proporção observada é de
10,8%.
Por outro lado, os
resultados divulgados pelo IBGE mostram que 63,3% dos domicílios brasileiros garantiram
o acesso a alimentação adequada em 2018. A proporção é 18,2% inferior à apurada
em 2013 (77,4%).
Na análise entre as
regiões brasileiras, Norte e Nordeste continuam apresentando as menores
proporções de domicílios com segurança alimentar, enquanto Sul e Sudeste têm os
melhores índices.
Com Informações R7 Notícias