Dispositivo portátil pode realizar teste da covid-19 com menor custo
Equipamento foi desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz
Está em processo de
certificação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um novo
dispositivo portátil que pode realizar diagnóstico molecular da covid-19 com
estrutura laboratorial menos complexa. O equipamento foi desenvolvido por
pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da empresa Visuri e poderia
reduzir o custo e o tempo para a realização de testes com segurança semelhante
à técnica padrão ouro RT-PCR.
Chamado de OmniLAMP,
o dispositivo utiliza a técnica RT-LAMP e detecta o RNA viral em amostras
recolhidas do nariz e da garganta da pessoa que será testada. Amostras
positivas geram um sinal colorido que é interpretado pelo software do
dispositivo, que é conectado aos servidores da Visuri na internet e monitorado
por meio de georreferenciamento. Os dados coletados são armazenados em nuvem e
permitem a geração de relatórios para acompanhamento da pandemia.
Segundo os
pesquisadores, o resultado do teste molecular pode ser acessado em um
aplicativo de celular em 30 minutos, enquanto outras técnicas têm um processo
que leva até seis horas entre a extração das amostras e a liberação do
resultado.
Os cientistas
acrescentam que o dispositivo portátil utiliza estrutura laboratorial de baixa
complexidade, o que permite a descentralização das testagens para laboratórios
menores. Testes clínicos do equipamento apontaram para uma sensibilidade de 97%
e uma especificidade de 100%, o que, segundo a Fiocruz, dá confiabilidade ao
resultado.
A pesquisa para
desenvolver o OmniLAMP é anterior à pandemia da covid-19 e começou em 2018, com
foco no diagnóstico de dengue, zika e chikungunya. Com a chegada
do novo coronavírus, em março deste ano, os pesquisadores direcionaram os
esforços para tornar o dispositivo capaz de identificar o SARS-CoV-2.
Enquanto aguardam a
certificação pela Anvisa, as instituições envolvidas já discutem como se dará a
produção dos dispositivos e kits de teste. A Visuri vai produzir os
dispositivos portáteis, enquanto o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos
(Bio-Manguinhos) pode ficar responsável pela produção dos kits.
Com Informações Agência Brasil
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