A Intenção de Consumo
das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), aumentou 1,3% em setembro, após cinco quedas consecutivas, e
subiu a 67,6 pontos.
Mesmo com a alta, o
índice registrou o pior desempenho para um mês de setembro desde o início da
série histórica, em janeiro de 2010. Além disso, no comparativo anual, houve
recuo de 26,9% – a sexta retração seguida nesta base comparativa. O indicador
está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.
Para o presidente da
CNC, José Roberto Tadros, a flexibilização do funcionamento dos
estabelecimentos comerciais tem ajudado na recuperação do consumo dos
brasileiros. “As famílias têm se revelado mais satisfeitas diante das novas
regras de abertura do comércio, mesmo que o momento atual ainda exija cautela”,
disse, em nota, Tadros.
Retração de renda
O único indicador
relativo ao momento atual que apresentou retração foi o relacionado à renda
(-1,1%). O item acumulou a sexta queda seguida e caiu a 76,5 pontos – o menor
patamar da série histórica.
“A renda continua
sendo um fator sensível para as famílias, mesmo tendo melhora nas percepções em
relação ao mercado de trabalho, que se tornaram menos negativas”, afirmou
Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pelo estudo.
O subíndice que mede
a satisfação dos consumidores com relação ao emprego voltou a registrar
crescimento (+0,3%), após cinco quedas seguidas, e fechou o mês como o item de
pontuação mais elevada (85,7 pontos).
Em relação às
condições de consumo, o subíndice consumo atual voltou a apresentar crescimento
(+1,6%), após cinco quedas consecutivas, chegando a 50,7 pontos. O item acesso
ao crédito seguiu o mesmo caminho, registrando aumento mensal de 0,8% – depois
de quatro recuos seguidos – e atingindo 81,1 pontos.
Com relação à
perspectiva de consumo, houve leve retração mensal (-0,1%), o que, segundo
Catarina, “mostra que, apesar da melhora na percepção de consumo atual, as
famílias continuam seletivas com sua renda”.
Fonte: EBC Economia