A medida foi autorizada pela Anvisa
A farmacêutica
AstraZeneca retoma hoje os testes da vacina contra a covid-19, conhecida como
vacina de Oxford, no Brasil. O sinal verde foi dado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Em testes também em outros países, as vacinações
na fase 3 do estudo foram suspensas na última terça-feira (8) devido a uma
reação relatada por uma voluntária no Reino Unido.
No último sábado (12)
especialistas da Anvisa se reuniram para avaliar as informações recebidas da
agência reguladora britânica (Medicines and Healthcare Products Regulatory
Agency - MHRA), do Comitê Independente de Segurança do estudo clínico e da
empresa patrocinadora do estudo, a AstraZeneca. “Após avaliar os dados do
evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no
estudo, a agência concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e,
por isso, o estudo poderá ser retomado”, disse a agência em comunicado.
Na nota a Anvisa
acrescenta que continuará acompanhando todos os eventos adversos observados
durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com
voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a
segurança dos participantes.
Contrato
Na semana passada a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou o contrato de Encomenda Tecnológica
(Etec) com a AstraZeneca. A Etec garante ao Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) o acesso a 100,4 milhões de doses do
Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para o processamento final (formulação,
envase, rotulagem e embalagem) e controle de qualidade, ao mesmo tempo em que
garante à Fiocruz a transferência total da tecnologia. A produção da vacina,
denominada ChAdOx1 nCoV-19, está sendo viabilizada pela MP 994/20, publicada em
7 de agosto, que abre crédito extraordinário de R$1,9 bilhão para o Ministério
da Saúde.
Antes da suspensão
dos testes, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse em várias
oportunidades que as primeiras doses devem chegar em janeiro de 2021. A
estimativa é de que a segunda dose seja disponibilizada no segundo semestre do
próximo ano.
Outras vacinas
Além da vacina de
Oxford, estão sendo feitos ensaios clínicos no Brasil da CoronaVac, produzida
pelo laboratório chinês Sinovac Biontech, e de uma imunização desenvolvida
pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.
Com Informações Agência Brasil