Presidente proibiu compra de medicamento que poderá ser capaz de imunizar população da Covid-19
Governadores
e secretários de Saúde não gostaram da negativa do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a compra
da CoronaVac, vacina que é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac
em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
No
Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do
B), falou em guerra das vacinas por parte do presidente do Brasil.
"Bolsonaro agora quer fazer a guerra das vacinas. Só pensa em palanque e
guerra. Será que ele não quer jogar War ou videogame com Trump? Enquanto
jogasse, ele não atrapalharia os que querem tratar com seriedade os problemas
da população", publicou.
Dino
ainda acrescentou que não quer uma nova guerra na Federação. "Mas com
certeza os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário para
garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras.
Saúde é um bem maior do que disputas ideológicas ou eleitorais",
acrescentou.
Em
entrevista ao jornal Folha de São Paulo, João Azevêdo (PSB), governador da
Paraíba disse que a atitude do presidente deixa todo mundo perplexo. Azevedo
também classificou como "decisão impensada" o anúncio de Bolsonaro
sobre o impedimento da compra da vacina chinesa.
Nesta
quarta-feira (21), um dia após o anúncio de acordo para compra de 46 milhões de
doses entre Ministério da Saúde e estado de São Paulo, o presidente disse que o
imunizante não será adquirido pelo governo federal.
O
governador de São Paulo, João Doria, pediu que Bolsonaro respeitasse o
ministro da Saúde e disse que seria importante ao presidente "deixasr as
eleições para outro momento" em uma declaração feita ao jornal O Globo.
"É
hora de paz, entendimento. Presidente Jair Bolsonaro, vamos salvar as vidas dos
brasileiros, dos que o elegeram e dos que não o elegeram. Salve
vidas, presidente Bolsonaro. Seja grande, tenha compreensão de que a
vacina salva. E deixe a eleição para o momento oportuno. Agora é hora da
vacinação. Não é hora de eleição".
O
governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) disse à Folha
que é preciso apelar ao presidente para que haja "racionalidade" e
"empatia com quem pode pegar esse vírus".
Já Eduardo
Leite (PSDB), que governa o Rio Grande do Sul, disse que a decisão pela
escolha de uma vacina deve ser "eminentemente técnica e não política".
Com Informações Valedoitaúnas/Informações
iG