No evento será possível conhecer a história e fotos do manejo na região do Baixo Amazonas, assim como dialogar com os pescadores.
A
segunda edição da Feira do Pirarucu de Manejo do Pará será realizada em
Santarém no 7 de novembro, a partir das 7h na Praça Barão de Santarém (São
Sebastião) e terá esquema de drive-thru caso o consumidor prefira comprar
direto de seu veículo, para evitar aglomerações.
O
evento é realizado pela Sapopema, Sebrae e Colônia de Pescadores Z-20 com apoio
da Ufopa, Sedap, Semap e IFPA. Na segunda edição, além dos pescadores de
Pixuna, Tapará Miri e Costa do Tapará, feira contará com a participação de
pescadores de Santa Maria.
A
estimativa da coordenação do evento é que a feira movimente a economia de
Santarém por meio da renda dos pescadores das comunidades que juntas
abastecerão uma tonelada de peixe.
No
local será possível conhecer a história e fotos do manejo na região do Baixo
Amazonas, assim como dialogar com os pescadores que promovem a conservação da
espécie através da vigilância dos ambientes aquáticos, contagem,
estabelecimento de cota, cumprimento do período do defeso e dos acordos de
pesca.
Valorização
do pirarucu de manejo no Pará
A
campanha liderada pela Sapopema, Sebrae e Colônia de Pescadores Z-20 e apoiada
por Mopebam, Ufopa, Sedap, Semap, CPP, EII e Tinker é uma continuidade de uma
estratégia de valorização do pirarucu que começou em 2018 com a realização de
capacitações em empreendedorismo, rodadas de negócios, cursos de filetagem e
manipulação.
Nesta
fase a campanha pretende fortalecer o consumo desse peixe, e incentivar
consumidores a pedir aos proprietários de restaurantes e feiras que forneçam o
peixe de conservação.
“O
projeto tem essa dimensão de que nós possamos divulgar e levar o conhecimento
de que o peixe de manejo é diferente do peixe de cativeiro. O próximo avanço é
nesse direcionamento. O pirarucu de manejo é diferenciado e os diferenciados
tem um valor de agregado” - ressaltou o gerente regional do Sebrae, Michel
Martins.
A
intenção é oportunizar meios para escoação do pirarucu produzido na região no
próprio município de origem, de forma a gerar renda para as populações
tradicionais e promover o entendimento do esforço que comunitários tem para
garantir o futuro da espécie. A campanha informativa pretende disseminar
conteúdos de forma clara sobre o manejo sustentável do pirarucu na região
através de banners espalhados em restaurantes e feiras, folders interativos nas
redes sociais, vídeo educativo, e artes gráficas.
Para o
diretor da Colônia de Pescadores Z-20, João Mário Pinto, a campanha cumpre um
papel importante para esclarecer a população do esforço comunitário. “Muitas
pessoas acham que é fácil manejar”, disse.
Segundo
o coordenador da Sapopema, Antônio José Bentes, já faz mais de vinte anos que
as comunidades desenvolvem manejo do pirarucu que envolve todo um esforço
comunitário a partir de um processo de organização e sistema de vigilância dos
lagos, e um trabalho de contagem para monitoramento do estoque, conservação e
estabelecimento da cota.
Coordenador
regional da Sedap em Santarém, Alisson Castro disse que o órgão busca apoiar as
iniciativas que visam a conservação dos recursos naturais, entre elas o manejo
do pirarucu realizado por pescadores da grande região do Tapará, onde hoje é
realidade a manutenção do estoque nos lagos e a segura disponibilidade para
venda no mercado local mostrando ao consumidor as diversas etapas percorridas
pelos atores até a venda.
Com Informações G1 Globo