As 120 mil doses ainda precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem aplicadas nos brasileiros
O primeiro
lote de doses da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela
farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, chegou a São
Paulo na manhã desta quinta-feira. As 120 mil doses ainda precisam de
autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem
aplicadas nos brasileiros. A vacina está na fase 3 dos testes clínicos, etapa
que mede a eficácia do produto, se ele é capaz de proteger contra a covid-19.
Somente após a conclusão desta fase é que a vacina poderá obter autorização de
uso.
As
primeiras doses já chegaram prontas, mas o acordo da Sinovac com o Instituto
Butantã prevê a transferência tecnológica para o País, o que permitirá a
produção da vacina no Brasil. A produção 100% local, no entanto, só deve
acontecer a partir de 2022, com a conclusão da obra da fábrica que terá
capacidade de produzir até 100 milhões de doses por ano. Até lá, o Butantã
receberá doses prontas da China ou matéria-prima para que a produção seja
apenas finalizada no Brasil.
Na chegada
ao aeroporto de Guarulhos, o governador João Doria (PSDB) disse que estava lá
"para receber essa carga que ajuda a salvar a vida de milhares de
brasileiros". O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, destacou
que "o sentimento é de esperança". Segundo ele, "esse é o
momento mais próximo que temos de voltar ao nosso normal". Os dois estavam
acompanhados do presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas.
Nesta
terça-feira, uma publicação da revista científica Lancet mostrou que a
Coronavac é segura e tem capacidade de produzir resposta imune 28 dias após sua
aplicação em 97% dos casos. Em andamento, a fase final de testes, envolve cerca
de 13 mil profissionais de saúde em 16 centros de pesquisa de São Paulo, Rio,
Minas, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal.
As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo