Os dados são das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas nesta quinta-feira (10)
O País
registrou o abate de 7,69 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de
serviço de inspeção sanitária no terceiro trimestre, queda de 9,5% ante igual
período de 2019. Em relação ao segundo trimestre de 2020, houve alta de 4,6%.
Os dados são das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro
e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas nesta quinta-feira, 10, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo
o IBGE, foi o menor resultado para um terceiro trimestre desde 2016. "A
restrição da oferta de animais para abate, principalmente de fêmeas, segue
desde o início de 2020. Apesar da retração da atividade na comparação anual,
nos meses de julho e agosto houve recordes para a exportação de carne bovina in
natura", diz a nota divulgada pelo instituto.
Com a
queda no abate, os curtumes declararam ter recebido 8,19 milhões de peças de
couro bovino, uma redução de 4,6% em relação ao adquirido no terceiro trimestre
de 2019. Em relação ao segundo trimestre, houve uma alta de 11,9%.
Apesar
disso, a produção de leite foi recorde para os terceiros trimestres. A
aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de
inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) foi de 6,45 bilhões de
litros, aumento de 2,6% em relação ao terceiro trimestre de 2019, e alta de
10,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
"A
produção de leite tem comportamento cíclico, em que os 3º trimestres apresentam
incremento em relação ao período precedente, com o início da safra nas
principais bacias leiteiras", diz a nota do IBGE.
Suínos
Na
contramão dos bovinos, o abate de suínos somou 12,71 milhões de cabeças no
terceiro trimestre de 2020, um aumento de 8,1% em relação a igual trimestre do
ano anterior. Houve alta de 4,5% na comparação ao segundo trimestre. Segundo o
IBGE, o resultado é recorde para a série histórica, iniciada em 1997.
"Os
meses mais frios do ano geralmente coincidem com o aumento do abate dessa
espécie, impulsionado pelo aumento do consumo interno. Além disso, o desempenho
recorde das exportações de carne suína no período também contribuiu com o
resultado do setor", diz a nota do IBGE.
Frango
Também
na contramão, foram abatidas 1,51 bilhão de cabeças de frango no terceiro
trimestre de 2020, aumento de 2,8% em relação ao trimestre equivalente de 2019.
Também houve alta de 7,0% na comparação com o segundo trimestre de 2020.
Segundo
o IBGE, isoladamente, o resultado de julho foi o melhor já registrado para um
mês em toda a série histórica, que começa em 1997. Pela ótica trimestral, o
desempenho se aproximou do patamar recorde atingido no primeiro trimestre de
2020, "período em que os efeitos da pandemia ainda estavam no
início", diz o IBGE.
Ovos
Além
disso, a produção de ovos de galinha foi de 1,01 bilhão de dúzias no terceiro
trimestre de 2020, 3,8% acima do registrado no terceiro trimestre de 2019 e
3,6% acima do que o apurado no segundo trimestre. Segundo o IBGE, é um recorde
na série histórica iniciada em 1987.
"A
alta no preço das carnes, registrado ao longo do terceiro trimestre, tende a
fomentar o consumo de ovos de galinha, por se tratar de uma fonte de proteína
mais acessível", diz a nota do IBGE.
Com Informações Noticias ao Minuto