O
Brasil cairá mais uma posição na liga das maiores economias do mundo em 2021. A
previsão é da consultoria britânica CEBR que divulgou o estudo anual sobre as
perspectivas da economia global. O estudo indica que o Brasil será ultrapassado
pela Austrália e, assim, deve terminar o ano que vem como a 13ª maior potência
econômica.
A
queda do Brasil é resultado da expectativa de que a recuperação doméstica será
menos vigorosa que o visto em outros países: a consultoria britânica prevê
crescimento econômico brasileiro de 3,3% em 2021. O ritmo é inferior à
expectativa para a Austrália, que deve ter expansão de 3,5%. Por isso,
australianos devem ultrapassar os brasileiros.
Além
disso, a CEBR aponta para problemas estruturais que pioram o desempenho da
economia brasileira. “Um problema que vai afetar o mercado de trabalho do
Brasil que emerge no pós-Covid nos próximos anos é a fraca produtividade”,
destaca o documento de 240 páginas. Para os economistas britânicos, a baixa
produtividade do brasileiro é resultado do ambiente pouco amigável para os
negócios e também é fruto do sistema tributário distorcido.
O
Brasil já brilhou nesse ranking anual britânico. Em 2011, o estudo da CEBR
mostrava pela primeira vez o Brasil como sexta maior economia do mundo à frente
do Reino Unido. O tema foi manchete de todos os principais jornais britânicos
naquele ano.
Em
2011, o Brasil era beneficiado com a alta de preços das commodities exportadas
pelo país – como soja e minério de ferro, o que serviu de motor para o
crescimento da economia brasileira no pós-crise de 2008. Os números eram ainda
beneficiados pela valorização do real, o que aumentava ainda mais o tamanho da
economia quando convertida para dólares.
Mas,
desde então, a situação mudou drasticamente. “O Brasil tem visto considerável
instabilidade econômica e política desde a profunda recessão de 20215 e 2016.
Além disso, a economia brasileira já estava em uma frágil situação antes da
pandemia do coronavírus, com limitado espaço fiscal”, destaca a consultoria
CEBR.
Com Informações CNN Brasil