O
projeto Janela Cidadã – Acessibilidade para pessoas surdas em Unidades de
Conservação (UCs) é um dos finalistas do Prêmio Inoves, na Categoria
Projetos em Desenvolvimento. A ação é um serviço dentro do programa Trilha
Cidadã, desenvolvido desde 2012 pelo Instituto de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos (Iema), por meio da Gerência de Educação Ambiental
(GEA), que visa a promover a inclusão social e a qualidade
de vida aos visitantes das UCs, pelos benefícios do contato com a natureza.
A
Janela Cidadã é um projeto voltado para a comunidade surda e consiste em
disponibilizar tablets com vídeos em libras sobre pontos de interesse, de
sete Unidades de Conservação. “São os conteúdos mais interessantes para quem
visita os parques. Já tínhamos algumas placas com símbolos de libras, mas para
passar todo o conteúdo seriam textos muito grandes e surgiu a ideia de
disponibilizá-los em vídeos”, explica a coordenadora do Trilha Cidadã,
Karla Fafá.
As UCs
participantes são os parques estaduais de Pedra Azul, Itaúnas, Paulo Cesar
Vinha, Forno Grande, Cachoeira da Fumaça, Mata das Flores e a Reserva Biológica
Duas Bocas. Todas as UCs têm placas acessíveis e os tablets com os
vídeos em Libras. “Basta que o visitante chegue ao parque e solicite o recurso,
que um servidor do Iema acompanha e instrui”, ressalta Karla Fafá.
Ao
ligar o tablet, o visitante terá acesso a um vídeo de boas-vindas e um
explicativo do serviço. “O nome do projeto é Janela Cidadã justamente porque o
quadrado que fica no canto das telas de televisão com um intérprete de Libras
costuma ser chamado de janela de intérprete. No caso da visitação aos parques,
o tablet funciona como essa janela”, destaca a servidora.
Na
última etapa do Inoves, o projeto será apresentado virtualmente a uma comissão
julgadora nesta terça-feira (15) e o resultado final será divulgado na sexta-feira
(18). Criado em 2017, o Janela Cidadã é mais uma alternativa para tornar as
Unidades de Conservação acessíveis. Os vídeos foram gravados em parceria com o
Centro de Atendimento ao Surdo (CAS) de Vitória e com o Centro de Referência em
Formação e em Educação a Distância (Cefor), do Instituto Federal do
Espírito Santo (Ifes).
A
gerente de Educação Ambiental do Iema, Anna Tristão, destaca a importância de
uma educação ambiental inclusiva. "A Gerência de Educação Ambiental tem
como base legal o Programa Estadual de Educação Ambiental (PEEA), que nos
norteia a seguir linhas de ações voltadas à educação ambiental
não-formal. Neste caminho, o Programa Trilha Cidadã tem em sua estrutura a
cidadania, recursos naturais, acessibilidade e inclusão a públicos diversos”, acrescenta Anna
Tristão.
“O
Trilha, que desde 2012 vem com seus serviços aos cidadãos capixabas,
é, sem dúvida, um Programa a ser multiplicado por prefeituras,
secretarias e instituições que reconhecem a dimensão e potencialidades do
fomento e custo-benefício”, enfatiza Anna Tristão. "Hoje, estarmos
como finalistas no Inoves e isso só reforça o que acreditamos: que a
educação ambiental é emancipatória, contínua e
inclusiva", afirma a gerente.
Assessoria de Comunicação do Iema