2020 presenciou um maior avanço das mulheres, que entraram no domínio até então exclusivamente masculino.
Na
lenta marcha rumo à igualdade sobre quem detém o poder econômico global, 2020
presenciou um maior avanço das mulheres, que entraram no domínio até então
exclusivamente masculino.
A
reunião com ministros das Finanças do G-20 no começo do ano contou com apenas
quatro mulheres do alto escalão. Mas esse número deve aumentar em 2021
com Janet Yellen prestes a se tornar a primeira mulher a assumir a
secretaria do Tesouro dos Estados Unidos, e com Chrystia Freeland, a primeira
mulher no comando do Ministério das Finanças do Canadá.
No
âmbito internacional, também houve progresso no fim de uma história de
liderança exclusivamente masculina. Odile Renaud-Basso, da França, assumiu a
presidência do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, e a
Organização Mundial do Comércio pode ter a primeira mulher na liderança com a
lista de candidatos agora com duas finalistas.
A
liderança econômica que afeta a maior parte da humanidade ainda está nas mãos
dos homens, um desequilíbrio ainda mais pungente durante a crise global sem
precedentes que deixa as mulheres em situação ainda pior.
Também
houve marcos atingidos em 2019, com as nomeações de Christine Lagarde como
presidente do Banco Central Europeu e de Nirmala Sitharaman como ministra
das Finanças da Índia. Mas, dentro do G-20, Rússia, África do Sul, Argentina e
EUA são os únicos outros exemplos em que mulheres já lideraram bancos centrais,
e menos da metade dos países membros teve uma ministra das Finanças. E, apesar
de todo o avanço, este ano teve mais oportunidades perdidas.
Dentro
do Grupo dos Sete, a indicação de Rishi Sunak em fevereiro estendeu o domínio
de oito séculos dos homens no comando do Ministério das Finanças do Reino
Unido. E o ministro das Finanças do Japão sobreviveu à mudança na liderança do
governo, assim como seu homólogo na França, onde Lagarde já ocupou o
cargo. Na Europa, o irlandês Paschal Donohoe derrotou a espanhola Nadia
Calvino na tentativa de liderar o grupo de ministros das Finanças da
zona do euro.
Mas o
próximo ano traz a esperança de mais mudanças quando Yellen assumir o cargo, o
comando da OMC for definido e com três mulheres prestes a competir
pela liderança da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
A Colômbia pode
ter sua primeira mulher como presidente do banco central, e a vice-presidência
da autoridade monetária do Canadá também pode ser assumida por uma
mulher. Nos EUA, a governadora do Federal Reserve, Lael Brainard, poderia
seguir os passos de Yellen e se tornar a segunda mulher a presidir o
Fed quando o mandato de Jerome Powell expirar no início de 2022.
Com Informações Exame