Especialistas do Kets de Vries Institute ensinam uma ferramenta para avaliar os níveis de estresse no trabalho e ajudar quem está vulnerável
Você
sabia que o estresse pode ser bom para sua performance no trabalho?
Porém todo mundo também sabe que tudo em excesso faz mal. No Summit de
Saúde Mental nas organizações, especialistas em estresse no trabalho do Kets de
Vries Institute contam que existe um ponto em que o aumento de estresse começa
a ser prejudicial para o trabalho, diminuindo a performance e causando
exaustão.
A
parte mais difícil é conseguir avaliar qual o nível de estresse que começa a
ser tóxico para cada um. Para Claire Finch, diretora no instituto especializado
em liderança e bem estar no trabalho, será mais importante do que nunca
entender o impacto do estresse em nós mesmos e nas equipes. E começar conversas
sobre saúde mental no trabalho.
A
especialista explica que deve ser uma missão das empresas e seus líderes focar
em três frentes no próximo ano: entender o impacto da crise atual em sua
cultura, aumentar a resiliência de seus times e promover saúde mental.
E seus
colegas do instituto, a professora Caroline Rook e o médico Thomas Hellwig,
ensinaram na palestra uma ferramenta básica que todos podem usar já para fazer
a triagem emocional de times ou pessoal.
Atenção:
o exemplo dos especialistas envolve ovelhas, então fique com a imagem a seguir
em mente.
Nesta escala de ovelhas como você se sente hoje? |
A
ferramenta chama APGAR e o nome foi inspirado na pediatra que criou um método
usado internacionalmente para checar sinais de complicações na saúde de bebês
recém-nascidos. “Não é um diagnóstico profundo, mas mostra sinais no bebê para
se prestar atenção e investigar. Usamos isso como um modelo para avaliar de
forma simples os sinais de estresse”, explica o médico.
A
triagem, então, tem três passo: checagem inicial, avaliação mais profunda com
indivíduos e ações.
1. Checagem inicial
É
perguntar para a equipe como estão se sentindo, seus níveis de energia e
problemas que enfrentaram recentemente.
2. Conversa mais profunda
Aqui
entra a ferramenta APGAR. Ao falar com as pessoas, preste atenção para os sinais
de estresse em cinco áreas. Elas são: físico, mental, espiritual, emocional e
social. Dessa forma, o gestor pode ficar atento a mudanças e sinais nas áreas
centrais de saúde.
Aparência (físico) – ganho ou perda de peso, dores,
distúrbios no sono e uso de medicamentos
Performance (mental) – a atenção deve estar nos dois pontos
da escala, na baixa performance e na alta performance
Crescimento (espiritual) – a pessoa tem uma mentalidade de
crescimento e um propósito no dia a dia?
Controle de emoções (emocional) – a pessoa apresenta variações de
emoções ou explosões de emoções, como picos de estresse e de raiva? Aqui podem
entrar alterações na vida pessoal também
Relacionamentos (social) – Observe as interações da pessoa,
tanto em quantidade quanto em qualidade. Assim, já existe um sinal de uma rede
de apoio para a pessoa.
lidar com o estresse
Em
todos os pontos, as perguntas do gestor não precisar ser diretas. A avaliação
pode ser feita naturalmente nas conversar, mas prestando mais atenção para
sinais negativos nas áreas. Na administração do estresse, muitas vezes há um
ponto fraco que pode ser melhorado.
Com Informações Exame