Em outubro, os indicadores sobre o isolamento social atingiram seus menores níveis na pesquisa Pnad Covid
A
população brasileira está cada vez mais flexibilizando as medidas de
distanciamento social. Em outubro, os indicadores atingiram seus menores níveis
na pesquisa Pnad Covid, criada pelo IBGE para calcular os impactos da pandemia,
com apenas 12 a cada 100 pessoas permanecendo rigorosamente isoladas.
Esse
número reduziu praticamente pela metade em três meses, desde julho, quando o
indicador marcava 23,3%. No décimo mês de 2020, o percentual bateu 12,4%. Caiu
também a proporção de pessoas que só saiam em caso de necessidade básica,
chegando agora a 38,2%.
Ao
mesmo tempo, aumentaram os indicativos mais flexíveis de comportamento durante
a pandemia.
Por
exemplo, os brasileiros que reduziram o contato mas continuam saindo de casa
chegaram a 44,3%, um aumento de 4,5 pontos percentuais desde setembro. E as
pessoas que não fizeram nenhuma restrição somaram 4,6%, um aumento considerável
desde o mês anterior, que tinha 3%.
Em
números absolutos, 36,3 milhões de pessoas ficaram rigorosamente em casa em outubro,
enquanto 9,7 milhões não fizeram restrição alguma.
Os que
saíram em caso de necessidade somaram 80,7 milhões, contra 93,8 milhões de
outros que reduziram contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo
visitas.
Os
números divulgados nesta terça-feira (1) pelo IBGE mostram que os brasileiros
estão cada vez mais flexíveis nas medidas de distanciamento e coincide com a
alta dos casos, que se intensificou no mês seguinte, em novembro, segundo
mostraram reportagens do jornal Folha de S. Paulo.
Dados
de saúde calculados pelo IBGE também apontaram que 5,7 milhões de brasileiros
tiveram resultado positivo no teste para Covid-19, um aumento de 900 mil na
comparação com setembro. Desde julho, quando o indicador passou a ser
calculado, a alta foi de 3 milhões de pessoas.
De
acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, a maioria dos testes
foi feita por pessoas que ganhavam mais de quatro salários mínimos (24,6%) e
que tinham nível superior completo (25,0%).
Além
disso, os jovens de 20 a 29 anos (14,2%) foram mais testados que os idosos
(10,9%), pertencentes ao grupo de risco da doença. Entre as pessoas de 30 a 59
anos de idade (16,5%) ficou o maior percentual de testes realizados para
Covid-19.
"Frente
a setembro, mais 3,7 milhões de pessoas fizeram algum teste e 897 mil testaram
positivo", disse Maria Lucia Vieira.
Por
outro lado, a pesquisa indicou queda no contingente de pessoas que relataram
ter algum sintoma de síndromes gripais, como tosse, febre e dificuldade para
respirar. Foram 7,8 milhões em outubro, ou 3,7% da população brasileira. Em
maio, quando a Pnad Covid teve início, 24 milhões (11,4%) de brasileiros
apresentavam algum dos sintomas.
Na
análise regional, o Distrito Federal (23,9%) teve o maior percentual de pessoas
que realizaram testes em outubro. Depois veio Piauí (19,1%) e Goiás (18,9%). Já
Pernambuco (7,9%), Acre (7,9%) e Minas Gerais (9,3%) apresentaram os menores
índices.
Nesta segunda (30), o Brasil chegou a 173.165 mortes pela Covid-19. Também
foram registrados 22.622 novos casos, o que elevou o total para 6.336.278.
Com Informações Notícias ao Minuto