Ministro da economia disse que auxilio não é mais necessário porque o Brasil está se recuperando em V e voltando à agenda de reformas estruturais
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu que o Brasil “está deixando”
o auxílio emergencial criado para proteger invisíveis durante a
pandemia de covid-19 porque a economia brasileira está se recuperando
em V e que o País está voltando à agenda de reformas estruturais. “Até o fim do
ano vamos retirar o auxílio e vamos nos concentrar em entregar as vacinas”,
disse, durante discurso gravado na Conferência de Montreal, evento do Fórum
Econômico Internacional das Américas.
Segundo
Guedes, não dá para concluir que o País está em uma segunda onda de
contaminação por covid-19 e acrescentou que muito em breve, o governo irá
apresentar um plano de vacinação massiva da população.“As pessoas estão
voltando ao trabalho, a doença fez um retorno, mas não podemos falar em segunda
onda”, acrescentou, pontuando ainda que o governo está agora concentrado em
prover vacinas à população.
O
ministro voltou a citar que é provável que o ano termine com saldo zero no
Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados (Caged), após somar criação
líquida de cerca 1 milhão de vagas formais de julho a outubro, recuperando
parcialmente a perda de cerca 1,2 milhão de postos entre março e maio.
Ele
também argumentou que a economia brasileira cresceu 7,7% no terceiro trimestre
– após queda de 9,6% no segundo – e que a arrecadação já está na casa de dois
dígitos.
Guedes
também repetiu que, apesar do foco em medidas emergenciais durante a pandemia,
a agenda de reformas não foi paralisada. O ministro voltou a citar a aprovação
da autonomia do Banco Central no Senado, que, segundo ele, vai
impedir que o aumento transitório de preços de alimentos se transforme em
inflação generalizada. “Criamos um auxílio para as pessoas invisíveis durante a
pandemia e elas gastam 100% disso”, argumentou, referindo-se à maior demanda
por alimentos e também por material de construção.
Segundo
o ministro, a agenda de marcos regulatórios, como a lei do gás e
do projeto que incentiva a navegação de cabotagem, deve continuar em 2021.
“Essa recuperação cíclica vai se tornar em crescimento sustentável em 2021,
baseado em investimentos. Vamos acelerar as privatizações e o investimento
privado vai crescer. Estamos abrindo economia para investimento estrangeiro e
recuperando internamente a dinâmica de crescimento.”
Com Informações Exame