Texto aborda efeitos adversos em quem se vacina em clínicas
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje (6), em
Brasília, uma nota técnica sobre o acompanhamento de efeitos adversos em quem
se vacina em clínicas privadas.
Segundo
a Anvisa, a nota técnica é válida para qualquer vacina, mas logo na introdução
do documento a agência destaca o desenvolvimento célere de tratamentos e
vacinas para covid-19 como principal desafio sanitário que motivou a
publicação.
O
documento foi publicado dois dias depois de a Associação Brasileira das
Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que representa o setor privado, confirmar a
negociação para a compra de 5 milhões de doses de uma vacina contra
covid-19 produzida na Índia.
A
busca do setor privado pela compra de vacina contra a covid-19 causou polêmica
devido ao receio de que a rede privada de saúde possa ter um imunizante
disponível antes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Orientações
Pelo
texto da nota técnica, “as autoridades sanitárias e os serviços de saúde devem
prezar pelo monitoramento destes medicamentos para verificar a sua segurança e
efetividade, principalmente no que tange a vacinas, as quais têm o potencial de
serem utilizadas em larga escala para a imunização de toda a população
brasileira”.
Nas
orientações às clínicas privadas, a Anvisa frisa que, para cumprir a
legislação, todos os estabelecimentos devem criar um Núcleo de Segurança do
Paciente (NSP), visando acompanhar todos os vacinados e monitorar quaisquer
incidentes e efeitos adversos após a vacinação.
A nota
orienta que “a notificação dos eventos adversos deve ser realizada mensalmente,
até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por
meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa, sendo que os
eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72
(setenta e duas) horas a partir do ocorrido”.
Todas
as informações devem ser inseridas num sistema chamado VigiMed, versão
brasileira do sistema VigiFlow, disponibilizado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS). A agência orienta as vigilâncias sanitárias locais a fiscalizar se
as clínicas privadas estão devidamente cadastradas e alimentando o sistema.
Com
Informações Agência Brasil