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Espírito Santo receberá, em breve, o Observatório Obstétrico Brasileiro com o
propósito de manter uma plataforma contendo informações qualificadas e auxiliar
os gestores do Estado nas tomadas de decisões que envolvam a saúde materna,
fetal e infantil. A iniciativa foi selecionada na chamada internacional Grand Challenges Explorations (GCE),
lançada em agosto de 2020, e receberá o total de R$ 686,7 mil, resultado da
parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo
(Fapes), a Fundação
Bill & Melinda Gates e o Governo Federal.
Desse
valor, serão repassados R$ 137,5 mil pela Fapes, R$ 399,8 mil pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
e R$ 149,4 mil vêm da Fundação Gates.
A
coordenadora da proposta é a professora Agatha Sacramento Rodrigues, do
Departamento de Estatística da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Segundo a pesquisadora, os envolvidos no projeto desenvolverão uma plataforma
interativa para monitoramento e análise de dados públicos e para disseminação
de informações da área obstétrica de todo Brasil.
“Serão
disponibilizadas as análises exploratórias dos dados, com visualização on-line,
dinâmica e com filtragens escolhidas pelo usuário, além dos resultados de
análises e modelos preditivos”, explica.
A
página eletrônica do observatório contará com uma seção destinada à criação de
indicadores obstétricos obtidos a partir de bases de dados públicas, assim como
às análises de associação entre indicadores socioeconômicos e indicadores
obstétricos já existentes e os que serão criados. A equipe envolvida na
proposta também planeja a produção do livro “Ciência de Dados Aplicada à Saúde
da Gestante, Fetal e Neonatal”, que será disponibilizado gratuitamente para
disseminar ainda mais o conhecimento gerado.
Agatha
Rodrigues também destaca a intenção de avaliar os impactos das pandemias da
gripe A, em 2009, provocada pelo vírus H1N1, e da Covid-19, em 2020, causada
pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2), assim como identificar as diferenças entre
elas e suas consequências na saúde materna e infantil para que seja possível
desenhar políticas públicas para crises futuras.
“Por
meio da chamada internacional, incentivamos pesquisadores a proporem projetos
inovadores para a resolução de problemas em ciência de dados para melhoria da
saúde das mulheres, das mães e das crianças no Brasil. Projetos nestes temas
possuem grande relevância social, pois proporcionam dados que permitirão
definir políticas públicas relacionadas à saúde materno e infantil, sendo estas
muito importantes para melhoria da saúde e por consequência da qualidade de
vida das mulheres e das crianças”, declarou a diretora técnico-científica da
Fapes, Denise Rocco de Sena.
Ciência de Dados para Saúde
Materno-Infantil
Foi
lançada em agosto de 2020 a chamada internacional “Ciência de dados para melhorar a saúde
materno-infantil, saúde da mulher e da criança no Brasil” para
financiar propostas inovadores que utilizem análises de bancos de dados e
técnicas de machine learning para entender os principais fatores que impactam a
saúde materno-infantil, a saúde das mulheres e das crianças no Brasil.
A
chamada faz parte do Grand Challenges Explorations (GCE), iniciativa da
Fundação Bill & Melinda Gates, que neste edital contou com a parceria do
Ministério da Saúde, do CNPq e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de
Amparo à Pesquisa (Confap).
Grand Challenges Explorations
Em
2007, a Fundação Gates lançou o Grand Challenges Explorations para apoio a
projetos inovadores em todo o mundo. Duas vezes ao ano, são lançadas chamadas
públicas para receber propostas de projetos de alto risco e alta recompensa em
diversos desafios propostos. No Brasil, uma parceria com o Confap, por meio das
fundações estaduais de amparo à pesquisa, proporciona um aporte financeiro
adicional.
Entre
os 12 projetos selecionados na Chamada “Ciência de dados para melhorar a saúde
materno-infantil, saúde da mulher e da criança no Brasil”, três receberão apoio
financeiro das fundações estaduais. Além da proposta contemplada no Espírito
Santo, projetos selecionados na Bahia e no Rio Grande do Sul também contarão
com financiamento das agências estaduais de fomento à pesquisa.
Assessoria de Comunicação da Fapes