Ele foi atendido no Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho e transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Santa Felícia, mas não resistiu ao agravamento da doença
O
bispo Vanderley Santiago, de 53 anos, morreu de Covid-19, nesta
segunda-feira (28), em São Carlos (SP). Ele era irmão do apóstolo
Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, que chegou a vender
sementes de feijão sob o argumento de que teriam eficácia terapêutica para
a cura da doença – o que não é verdade (leia mais sobre isso ao fim da
reportagem).
De
acordo com informações da prefeitura, Vanderley procurou atendimento no Centro
de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho, local conhecido como
"covidário", e, posteriormente, foi transferido para a Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA) do Santa Felícia, onde sofreu uma parada
cardiorespiratória e não resistiu.
Ainda
segundo a prefeitura, ele estava positivo para a Covid-19 e já havia
tomado a primeira dose da vacina em 16 de junho. Ainda não há informações sobre
enterro.
No
vídeo abaixo, saiba sobre a importância de continuar usando máscara e mantendo
os cuidados necessários para evitar disseminação e contágio mesmo após a
vacina:
A
reportagem não conseguiu localizar a família do bispo. A Igreja Mundial do
Poder de Deus foi procurada e informou que não vai se manifestar sobre o
assunto.
'Feijão mágico'
O
apóstolo Valdemiro Santiago vendia sementes que ele afirmava curar a Covid por
valores entre R$ 100 a R$ 1 mil – mas a terapia não funciona nem tem nenhum
respaldo científico.
O
Ministério Público Federal (MPF) investiga indícios de estelionato por parte do
pastor nos vídeos disponibilizados incentivando fiéis a plantar as sementes por
ele comercializadas. Na ação, o MPF afirma que os feijões não curam e são
propaganda "enganosa".
Em
outubro do ano passado, a Justiça determinou que o governo federal informasse
no site do Ministério da Saúde se havia ou não eficácia comprovada das
sementes de feijão no combate à doença. A determinação foi feita pela 2ª vez em
janeiro deste ano.
Em
maio do ano passado, a Igreja Mundial do Poder de Deus alegou que não se
referia a venda de uma "promessa de crura”, mas sim o início de um
“propósito com Deus”.
Com Informações Informações G1