Em um vídeo postado nas redes sociais, animal aparece sendo colocado na churrasqueira ainda com o couro.
A
Polícia Ambiental do Espírito Santo irá investigar o caso envolvendo a morte de
um filhote de jacaré-de-papo-amarelo devido à possibilidade de o animal ter
sido caçado ilegalmente.
Em um
vídeo, que circulou pelas redes sociais, o jacaré aparece sendo colocado dentro
de uma churrasqueira para ser assado.
As
imagens foram postadas na rede social de um professor de educação física e
provocaram a reação de muitas pessoas, que, indignadas, procuram representantes
do Projeto Caiman, que protege os jacarés do estado, para relatar o fato.
Yhuri
Nóbrega é médico veterinário e faz parte do projeto. Segundo ele, embora até o
momento não se saiba como o jacaré que aparece no vídeo foi adquirido, há
indícios de que ele tenha sido obtido clandestinamente por meio de caça, já que
o animal ainda era filhote e estava com o couro.
"Quando
esse animal é vendido em supermercado, ele está em tamanho diferente, está sem
o couro", disse.
Yhuri
explicou que jacarés criados em cativeiro podem ser consumidos. No entanto, os
produtores devem ser legalizados e seguir uma série de exigências.
"Hoje
existem carnes de jacaré legalizadas, que são produzidas em fazendas de jacaré,
assim como temos fazenda de boi, de frango, de porco. Esses jacarés, para o
consumo humano, estão sempre em supermercados ou em lojas especializadas,
sempre contendo selo de inspeção federal do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento", explicou.
Por
telefone, o professor que aparece no vídeo mostrando o jacaré informou que
havia ganhado o animal e que não sabia nem da procedência e nem da idade do
animal. Segundo ele, o jacaré estava guardado no congelador há dois anos e sete
meses.
O
sargento Gustavo, da Polícia Ambiental, diz que por se tratar de um animal
selvagem e filhote, o professor pode responder por um crime. Ainda de acordo
com o sargento, qualquer pessoa que queira criar um animal selvagem precisa de
autorização e acompanhamento dos órgãos responsáveis.
Com Informações G1 Espirito Santo