Será o sexto confronto entre as seleções nos últimos dois anos
Se é verdade que estatística não ganha jogo e que cada partida tem sua história, também é verdade que um histórico recente de confrontos, ao menos, permite que se tenha um bom desenho do que esperar em campo. E poucos confrontos entre seleções no mundo têm amostragem tão relevante quanto Brasil x Peru. Nesta segunda, as duas seleções se enfrentam a partir das 20 horas, no Engenhão, em busca de uma vaga na final da Copa América. Será o sexto confronto entre as seleções nos últimos dois anos - e não se esqueça que, no período, as datas Fifa neste lado do mundo ficaram sem jogos por cerca de 11 meses.
Nos cinco jogos registrados a partir
da Copa América de 2019, o Brasil ganhou os quatro confrontos oficiais. No
período, a seleção de Tite marcou 16 gols e sofreu apenas quatro. Houve uma
derrota por 1 a 0, mas essa no único confronto amistoso, em jogo disputado nos
Estados Unidos sem força máxima e num gramado com marcações de futebol
americano.
Se for considerar apenas os jogos de
Copa América, o desempenho no placar é ainda mais favorável à seleção
brasileira. O time aplicou 5 a 0 na primeira fase da edição de 2019, naquela
que fora uma das melhores exibições do Brasil no pós-Copa do Mundo; fez 3 a 1
na decisão; e, no mês passado, aplicou 4 a 0 em jogo válido pela segunda rodada
da atual edição.
Os bons números colocam o Brasil como
franco favorito pela vaga na decisão, mas a equipe precisará ter cuidados. Os
peruanos tiveram a segunda melhor campanha do Grupo B e têm o terceiro melhor
ataque da Copa América, atrás apenas dos brasileiros e dos argentinos.
No jogo desta segunda-feira, tanto o
técnico Tite quanto Ricardo Gareca terão desfalques. Na semana passada, Gabriel
Jesus foi expulso no início do segundo tempo contra o Chile, e Carrillo levou
vermelho na partida com o Paraguai. Assim, ambos cumprirão suspensão
automática.
A ausência de Gabriel Jesus obrigará o
treinador brasileiro a mais uma vez mexer no setor ofensivo - algo corriqueiro
nesta competição -, mas ainda que não faltem opções ofensivas, a questão tática
sofrerá impacto.
No último jogo, Jesus foi escalado
pelo lado direito do ataque, com Firmino centralizado, Richarlison na esquerda
e Neymar com funções mais de armação. Sem o atacante do Manchester City, Tite
terá que decidir se promove a entrada de Gabriel Barbosa ou Everton Cebolinha
no ataque, mudando eventualmente o posicionamento de algum dos três jogadores
de frente; ou se puxa Neymar para o ataque e coloque Lucas Paquetá ou Everton
Ribeiro no meio.
Na seleção peruana, Gareca também tem
dúvidas. O técnico não tem no elenco um jogador com as mesmas características
de Carrillo, que atua mais aberto pela direita. Entre as opções, a que se
apresenta mais provável é deslocar Cueva para o setor e promover a entrada de
Luis Iberico ou Marcos López no flanco esquerdo.
Com informação noticias ao minuto