Dados da Pesquisa Mensal do Comércio apontam que o setor está quase 4% acima do patamar pré-pandemia, aponta IBGE
Em maio de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 1,4%, frente a abril, na série com ajuste sazonal, sua segunda alta consecutiva, após subir 4,9% em abril. A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio. Na série sem ajuste sazonal, as vendas do varejo subiram 16,0% frente a maio de 2020. O acumulado no ano foi a 6,8% e o acumulado em 12 meses, a 5,4%.
No comércio varejista ampliado, que
inclui as atividades veículos, motos, partes e peças e material de construção,
também foi o segundo mês seguido de alta, sendo que o volume de vendas cresceu
3,8% em relação a abril. A média móvel trimestral permanece negativa (-0,2%).
Frente a maio de 2020, houve alta de 26,2%. No ano, o varejo ampliado acumula
alta de 12,4% e, em doze meses, as vendas subiram 6,8%.
Período | Varejo | Varejo Ampliado | ||
---|---|---|---|---|
Volume de vendas | Receita nominal | Volume de vendas | Receita nominal | |
Maio / Abril* | 1,4 | 2,4 | 3,8 | 4,7 |
Média móvel trimestral* | 1,1 | 1,7 | -0,2 | 1,7 |
Maio 2021 / Maio 2020 | 16,0 | 29,8 | 26,2 | 41,1 |
Acumulado 2021 | 6,8 | 18,1 | 12,4 | 24,6 |
Acumulado 12 meses | 5,4 | 13,3 | 6,8 | 15,0 |
*Série COM ajuste sazonal |
Sete das oito atividades avançaram, na
série com ajuste sazonal
O aumento de 1,4% no volume de vendas
do varejo, na passagem de abril para maio de 2021, na série com
ajuste sazonal, foi acompanhado de taxas positivas em sete das oito atividades
pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (16,8%), Combustíveis e
lubrificantes (6,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros,
jornais, revistas e papelaria (1,4%), Equipamentos e material para escritório,
informática e comunicação (3,3%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo (1,0%) e Móveis e eletrodomésticos (0,6%). A única atividade com
recuo frente a abril foi a de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de
perfumaria e cosméticos (-1,4%).
Já no varejo ampliado, os
dois segmentos que complementam o índice do varejo tiveram alta: Veículos,
motos, partes e peças (1,0%) e Material de construção (5,0%).
Sete das oito atividades do varejo
tiveram taxas positivas frente a maio de 2020
Em relação a maio de 2020, a alta do
comércio varejista (16,0%) atingiu sete das oito atividades pesquisadas: Tecidos,
vestuário e calçados (165,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico
(59,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (59,4%), Equipamentos e material
para escritório, informática e comunicação (32,7%), Móveis e eletrodomésticos
(22,5%), Combustíveis e lubrificantes (19,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos,
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,8%). A única queda foi em Hiper e supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,1%).
No comércio varejista ampliado, as
duas atividades complementares tiveram desempenho positivo: Veículos,
motos, partes e peças subiu 71,9% e Material de construção, 25,7%.
O segmento de Outros artigos de
uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas,
joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., com aumento de 59,8% no
volume de vendas em relação a maio de 2020, registrou o décimo segundo mês
consecutivo de crescimento, para este indicador, exercendo a maior contribuição
ao resultado geral do varejo (6,2 p.p., de um total de 16,0%). O acumulado do
ano (33,8%) ganhou ritmo frente a abril (27,7%) e o dos últimos 12 meses
(19,2%) ganhou 5,5 p.p. frente a abril (13,7%).
O setor de Tecidos, vestuário e
calçados, por sua vez, cresceu 165,2% em relação a maio de 2020, sua segunda
taxa positiva nessa comparação. A atividade exerceu o segundo maior impacto
sobre o varejo (5,8 p.p). O acumulado no ano, ao subir de 3,6% em abril para 26,2%
em maio, mostra forte recuperação para o segmento, que, no entanto, continua
negativo nos últimos 12 meses (-3,9%), embora com menos intensidade do que em
abril (-15,0%).
O segmento de Móveis e
eletrodomésticos cresceu 22,5% em relação a maio de 2020, sua quarta alta
consecutiva. No ano, o setor acumula 15,0% de crescimento, taxa acima do
resultado do mês anterior (13,0%). Nos últimos doze meses, mantém elevação do
ritmo de crescimento, tendo passado de 16,4% até abril para 18,9% em maio.
A atividade de Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 18,8% frente a
maio de 2020, sua décima segunda variação positiva consecutiva ante igual mês
do ano anterior. O acumulado no ano passou de 16,2% até abril para 16,7% até
maio. Nos últimos doze meses, o segmento acumula alta de 13,9% até maio.
As vendas de Combustíveis e
lubrificantes subiram 19,7% em relação a maio de 2020, segunda alta
consecutiva. O acumulado do ano deixa para trás o índice negativo de abril
(-1,3%) e atinge alta de 2,5% em maio. Mas o indicador dos últimos doze meses
ainda se encontra no campo negativo (-7,4% em abril e -4,3% em maio).
O segmento de Equipamentos e
material para escritório, informática e comunicação cresceu 32,7% frente a
maio de 2020, segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano passou de
1,0% até abril para 6,4% em maio, mas o dos últimos doze meses está negativo
(-4,1%).
A atividade de Livros, jornais,
revistas e papelaria aumentou 59,4% frente a maio de 2020, segunda taxa
positiva consecutiva, após 14 meses de resultados negativos. O comportamento
desta atividade vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos
impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas. Mas o indicador
acumulado no ano passou de -33,9% até abril para -27,3% até maio, mostrando
diminuição no ritmo de queda. Nos últimos doze meses, a queda soma 31,1% em
maio.
O setor de Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o único que
registrou recuo no indicador interanual (-4,1%), sendo seu quarto resultado
negativo seguido. No ano, acumula, até maio, recuo de 2,6% – patamar semelhante
ao registrado até abril (-2,3%). Nos últimos doze meses, porém, registra
aumento em maio (1,5%).
No comércio varejista ampliado, o
setor de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de
71,9% em relação a maio de 2020, terceira taxa positiva seguida, exercendo a
maior contribuição no resultado para o varejo ampliado (11,9 p.p de um total de
26,2%). No ano, o aumento é de 26,3%. Nos últimos doze meses, o segmento sai do
negativo em maio, registrando alta de 4,1% (frente a -3,7% de abril).
Por fim, o segmento de Material
de Construção (25,7%) contabiliza a décima segunda taxa positiva
consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior. No ano, o indicador
mostrou estabilidade em relação ao que havia registrado até abril (25,6% em
ambos). Nos últimos doze meses, manteve trajetória de crescimento iniciada em
junho de 2020, passando de 21,1% em abril para 23,7% em maio.
Vendas crescem em 26 unidades da
Federação em relação a abril
De abril para maio de 2021, na série
com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou
aumento de 1,4%, com predomínio de resultados positivos em 26 das 27 unidades
da Federação, com destaque para: Amapá (23,3%), Ceará (9,4%) e Minas Gerais
(9,2%). O único estado com resultado no campo negativo foi Goiás (-0,3%).
Para a mesma comparação, no comércio
varejista ampliado, o aumento foi de 3,8%, com predomínio de resultados
positivos em 24 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (21,6%),
Minas Gerais (8,6%) e Distrito Federal (6,9%). Por outro lado, pressionando
negativamente, temos Sergipe (-4,9%), Ceará (-1,0%) e Tocantins (-0,3%).
Frente a maio de 2020, as vendas
do comércio varejista subiram 16,0%, com resultados positivos em 26
das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (92,0%), Piauí (44,6%) e
Pará (43,4%). Pressão negativa apenas do Tocantins (-2,7%). Já no comércio
varejista ampliado, o aumento de 26,2% foi seguido pelas 27 UFs, com
destaque para Amapá (105,3%), Piauí (62,4%) e Pará (57,5%).
IBGE