Parcela do Auxílio Brasil não terá reajuste de 20%; entenda


O Ministério da Cidadania informou neste sábado que as parcelas do Auxílio Brasil em novembro não irão atingir os 20% prometidos pelo ministro da pasta, João Roma, na coletiva de lançamento do novo programa social. 

Segundo a pasta, o reajuste será de 17,8% em novembro para os atuais 13,9 milhões de beneficiários do Bolsa Família. O valor deve girar em torno de R$ 220.

Entretanto, o governo federal quer colocar o valor mínimo de R$ 300 e um valor transitório de R$ 100, totalizando R$ 400. Parte do valor será contabilizado fora do teto de gastos, proposta com posição contraria do Ministério da Economia. A nova parcela só deverá ser paga a partir de dezembro.

O ministério ainda informou que no próximo mês apenas pessoas já cadastradas no Bolsa Família receberão a parcela. Novas famílias só serão colocadas no programa a partir de dezembro.

Dados do Ministério da Cidadania informou que há 423 mil famílias na fila de espera do Bolsa Família. Entretanto, estados apontam que mais de 2 milhões de famílias aguardam resposta sobre o pagamento do benefício.

A previsão é que cerca de 17 milhões de famílias recebam o novo benefício do governo federal. Entretanto, o Palácio do Planalto tenta encontrar alternativas para bancar o programa.

A equipe econômica esperava a aprovação da PEC dos Precatórios para liberar R$ 80 bilhões no Orçamento para o programa social. A proposta era para ser votada pela Câmara dos Deputados nesta semana, mas a falta de apoio de parlamentares de oposição e independentes ao governo federal adiaram os planos da base governista, que tentará colocar o projeto em pauta na próxima quarta-feira (03).

Para ser aprovada a PEC deverá ter 308 votos favoráveis. Caso passe pela Câmara, a medida irá para análise do Senado, onde há mais resistências sobre o texto.
Plano B

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste sábado (30) que tem um plano B para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400 caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada pelo Congresso.

Bolsonaro não deu detalhes sobre qual seria essa saída do governo e disse estar preocupado com os adiamentos da apreciação da PEC.

"Se pagar essa dívida [precatórios], os ministérios praticamente ficarão sem recursos para 2022. Sou um paraquedista, sempre tenho um paraquedas reserva comigo. Quem raciocina e tem inteligência sempre tem um plano B", garantiu o presidente a jornalistas em Roma, onde participa do encontro de líderes do G20.

Fonte: Brasil Econômico


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