Preço do diesel sobe 2% nas bombas após anúncio da Petrobras, diz ANP


Depois que a Petrobras anunciou o aumento de 8,9% no litro do óleo diesel na refinaria na útlima terça-feira, que não era reajustado há 86 dias, o preço médio do litro combustível nas bombas subiu 2% na última semana, de acordo com o levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Foi uma semana marcada por debates sobre maneiras de reduzir os reajustes da gasolina, diesel e gás de botijão.

A alta do diesel afeta o preço final do produto. A maior parte do transporte de carga no Brasil é feito pelas estradas. Além disso, tarifas de ônibus também aumentam. Mudança na forma de cobrança do ICMS, que representa uma parcela significativa do preço, fundo composto pelos dividendos da Petrobras para amortecer as oscilações da cotação internacional do petróleo e do dólar, que determinam o preço aqui dentro, são as alternativas na mesa para amortecer as altas para o consumidor.

O diesel já subiu 51% este ano e, pela pesquisa está custando em média R$ 4,801, mas pode chegar a R$ 6,18 no valor máximo captado pela ANP. A alta é consistente, no fim de julho, custava R$ 4,588 em média.

O preço da gasolina ficou estável em R$ 6,092 por litro, o mesmo da semana anterior. Porém, é uma trégua depois que o combustível sofrera reajuste por sete semanas seguidas. No ano, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, a gasolina já subiu 39% nos últimos 12 meses.

O preço do gás de cozinha também não sofreu variações significativas. Passou de R$ 98,70 para R$ 98,47. Mas pode chegar a ser vendido por R$ 135. É um item essencial que vem sendo substituído por lenha e álcool nas famílias de renda mais baixa que não estão conseguindo suportar a alta. Em julho, comprava-se o botijão de gás por R$ 92,78, pela pesquisa da ANP, uma alta de 6% em pouco mais de dois meses.

Pelo IPCA, o gás de cozinha já subiu 32,93% nos últimos 12 meses. Diante da pressão política, a Petrobras anunciou um programa de subsídio ao gás de bujão, destinando R$ 300 milhões, muito pouco para atender as 14 milhões de famílias que foram obrigadas a usar lenha e álcool.

E o governo estuda dar um vale-gás para as 14 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família.

Fonte: Agência O Globo


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