CASTRAÇÃO: Especialista explica os benefícios para cães e gatos

Os machos tendem a ficar mais comportados, amáveis e caseiros depois de castrados - REPRODUÇÃO/PEXELS

A castração é um procedimento bastante comum e existem diversas razões para fazê-la, todas atreladas a melhores condições de vida para os animais. Um exemplo é o surgimento de doenças como o câncer. A melhor forma de prevenir o aparecimento de tumores nas mamas em cadelas é a castração precoce, antes do primeiro cio, em torno dos cinco meses de vida.

"Castrar antes do primeiro cio pode ajudá-las a evitar a alta produção hormonal, que é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de quadros de câncer de mama em cadelas. Os machos também precisam de atenção, pois, apesar de ser raro, têm risco de desenvolver o câncer de mama e, quando ocorre, é ainda mais agressivo do que nas fêmeas", explica a médica-veterinária Thais Matos, especialista da área de confiança e segurança da DogHero, empresa de serviços para pets.

Assim como nos humanos, o câncer de mama em cadelas é uma condição que pode ser causada por inúmeros fatores. É importante destacar que outros animais de estimação com glândulas mamárias também estão sujeitos à doença, como os gatos. Nesses pets, o câncer de mama acontece com menor frequência.

"O câncer é definido pelos médicos como um conjunto de células anormais que se divide de forma acelerada e descontrolada, causando uma série de danos à saúde do paciente. Nos animais, é a mesma coisa. O câncer de mama em cadelas vai causar alterações, como o surgimento de nódulos e caroços na região. Como as cadelas possuem mais do que um par de mamas, pode ser que o câncer surja não exatamente em uma, como acontece nos humanos, mas em toda a região abdominal", diz Thais.

É importante fazer pesquisas sobre tudo o que envolve a cirurgia. Pesquise bem o processo de anestesia, faça exames pré-cirúrgicos no seu pet e obtenha todas as informações que puder a respeito do médico-veterinário que realizará a castração. Assim, é possível garantir um procedimento tranquilo, indolor e benéfico. Após a cirurgia, é de extrema importância que o tutor siga todas as recomendações para que não haja complicações.

Mudanças físicas e comportamentais após o procedimento

Em cadelas, o que muda primordialmente após a castração é a saúde. Encerra-se o incômodo com o período do cio, deixa de existir o risco de desenvolver tumores de útero e ovário, que são comuns, e diminui o risco de tumor nas mamas. Além disso, a castração também evita a gravidez psicológica, que pode ocorrer quando a cadelinha passa pelo cio mas não fica grávida, e reduz o risco de piometra, um tipo de infecção grave no útero.

Em gatas, as fugas são evitadas com a castração, já que a ausência do cio inibe a entrada de gatos da vizinhança que buscam a demarcação de território ao se relacionarem com as fêmeas. O procedimento elimina o risco de a gata desenvolver infecção uterina, bem como impede outras doenças. Também diminui o risco de desenvolvimento de tumor nas mamas.

As mudanças após a castração costumam ser mais aparentes no comportamento de cães. Com a remoção dos testículos, a produção de testosterona é drasticamente reduzida. A castração pode diminuir o risco de comportamentos inadequados no dia a dia, como a demarcação do território com xixi, agressividade com outros cães e hábitos como "pegar" na perna das pessoas - especialmente se o cão for castrado no primeiro ano de vida.

Mas há exceções, pois nem todos os pets machos apresentarão essas mudanças comportamentais de forma significativa. O momento recomendado para realizar o procedimento é entre o quinto e o sétimo mês de vida, quando os órgãos reprodutivos terminaram de se formar. O procedimento também reduz o risco de o cãozinho ter tumor de próstata e a proliferação de doenças.

Já os felinos castrados ficam mais caseiros e não se envolvem em brigas por território, dentro e fora de casa. Eles também tendem a ficar mais amáveis com os outros gatos da casa.

Fonte: R7


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