Leila Pereira é a nova presidente do Palmeiras


A patrocinadora e conselheira do Palmeiras, Leila Mejdalani Pereira, de 57 anos, venceu a eleição neste sábado (20) e será a primeira mulher a presidir o clube em seus 107 anos. A presidente da Crefisa e da Faculdade das Américas (FAM) era candidata única no pleito e recebeu 1.897 dos 2.141 votos na assembleia de sócios, realizada na sede social.

Leila terá quatro vices: Paulo Roberto Buosi, Maria Tereza Ambrósio Bellangero, Neive Conceição Bulla de Andrade e Tarso Luiz Furtado Gouveia. Buosi é o único que permanecerá da gestão do atual presidente, Maurício Galiotte.

A presidente da Crefisa e da FAM assumirá o Palmeiras em 15 de dezembro e seguirá no cargo até 2024.

"Tenho dois grandes pilares nesta gestão. O primeiro: um Palmeiras cada vez mais vitorioso, chega de protagonismo. Protagonistas já somos, queremos ser vitoriosos. Não quero segundo lugar, quero o primeiro. Vamos trabalhar por isso. E aproximar o torcedor com o seu time. É claro para mim, é para isto que estou aqui, para olhar pelos nossos milhões de torcedores. Nosso grande patrimônio está fora do clube. Eu vou continuar fazendo o trabalho com o associado, mas temos de olhar esta multidão fora do muro, dar acesso ao nosso clube, proximidade, com possibilidade de comprar ingressos acessíveis, o torcedor poder comprar uma camisa compatível, que ele possa comprar. Eu vou trabalhar muito fortemente nisso", afirmou Leila.

Após ter a chapa aprovada pelo Conselho Deliberativo, Leila precisava apenas do crivo dos sócios para ser eleita, já que não tinha concorrentes. Bastava obter maioria simples do número de votos para confirmar a vitória, mas a vantagem foi bem maior.

"O Palmeiras vai estar onde o torcedor estiver. O acesso do nosso torcedor ao nosso time vai ser muito próximo. São dois grandes pilares: time vitorioso e aproximação cada vez maior do torcedor com o time. Claro, com transparência total, porque quando eu sou eleita, eu sou presidente, procuradora e porta-voz de milhões de torcedores para administrar este gigante que é o Palmeiras. Tenho obrigação de ser transparente. É isto que vou fazer", completou a nova presidente do Palmeiras.

Como fica a relação da Crefisa com o clube? Tem conflito de interesses?

"Eu não vejo nenhum conflito de interesses por ser patrocinadora e presidente. Olha o código de ética da CBF, artigo 13, tópico 4. O código é claro, dizendo que não é conflito de interesses ser patrocinador e dirigente. Eles se preocupam com quem tira dinheiro; eu só coloco. Tem um documento que diz que não é conflito de interesses", respondeu Leila após a vitória na eleição.

Antes de assumir o clube, a jornalista e advogada assumiu a Crefisa em 2008 e virou figura importante no Palmeiras em 2015, com o início da parceria. Em 2017, Leila foi eleita conselheira com 248 votos, recorde histórico no Palmeiras. Em fevereiro deste ano ela foi reeleita, desta vez com apoio de 387 companheiros de clube. Para ser presidente, é preciso ser eleito para o conselho duas vezes, o que Leila já conseguiu.

A primeira mulher a presidir o Alviverde já avisou que vai se afastar do dia a dia da Crefisa e da FAM para gerir o clube. Leila disse ainda que não descarta ouvir propostas de patrocínio melhores de outras empresas, mesmo que para isso a Crefisa deixe de ser patrocinadora master do Palmeiras.

"O contrato de patrocínio renovamos com o Maurício por três anos. O contrato que está na vigência, se tiver qualquer questionamento, quem vai decidir é o Conselho Deliberativo. O contrato de patrocínio termina com o meu mandato, quem vai decidir é o Conselho. Não vou falar nem em relação à Crefisa, nem ao Palmeiras. Muitos falam se aparecer um patrocinador idôneo, que queira colaborar com um valor superior ao que eu colaboro, submeto ao Conselho, mas se eu puder opinar, abro mão da Crefisa e FAM e coloco o melhor para o Palmeiras. Vou fazer o melhor para o Palmeiras, vou estar incorporada no nosso clube e torcedor", garantiu.

O patrocínio rende ao Palmeiras cerca de R$ 80 milhões por ano, podendo chegar a R$ 120 milhões com premiações por resultados. O acordo vai até 2024, quando se encerrará a gestão de Leila.

Desde 2015, o Palmeiras venceu dois títulos do Brasileirão Série A (2016 e 2018) e da Copa do Brasil (2015 e 2020), uma Libertadores (2020) e um Paulistão (2020).

Fonte: iG


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