ES tem cinco mortes por gripe nos últimos 25 dias, diz secretário



O Espírito Santo já registrou cinco mortes por Influenza por últimos 25 dias. A informação foi confirmada pelo secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes, durante um pronunciamento na tarde desta terça-feira (28). 

Nésio começou o pronunciamento lembrando que o Espírito Santo vive uma epidemia de gripe em paralelo com o cenário da pandemia da covid-19.

O secretário lembrou que o Estado ainda não confirmou a circulação da variante da gripe Darwin, mas já confirmou casos de H3N2.

"A epidemia da Influenza pressiona a rede de saúde. A cobertura vacinal com as vacinas disponíveis não foi suficiente para impedir a circulação da variante. Não vivemos um surto, vivemos uma epidemia de Influenza que, nos últimos 25 dias, tirou a vida de cinco capixabas", frisou.
Atualmente, de acordo com o secretário, cerca de 78% da população apta a receber vacina contra a gripe no Espírito Santo foram vacinadas.

Com as festas de fim de ano, verão e aproximação do Carnaval, Nésio lembrou que é preciso redobrar os cuidados com a higiene das mãos, manter o uso de máscaras e evitar aglomerações.

Epidemia de gripe deve durar pelo menos dois meses

O secretário lembrou, ainda, que a epidemia de gripe acontece fora do outono e inverno, quando a doença é mais comum. A circulação do vírus, de acordo com Nésio, deve se manter pelos próximos dois meses e pode ter um novo ciclo durante no outono de 2022.

"O comportamento que temos não deve ser de curta duração. Ele deve se prolongar por, pelo menos, 40 a 60 dias, e pode ter inclusive um novo topo no ciclo sazonal, entre março e abril", disse Nésio.

Pessoas com sintomas leves devem procurar postos de saúde

O secretário reforçou a recomendação para que, em casos de sintomas gripais leves, as pessoas devem buscar a unidade básica de saúde. Os PAs, que vem enfrentando um aumento no número de atendimentos desde o inicio do mês, devem ser reservados para o atendimento de casos graves.

Covid-19: circulação da Ômicron no ES

Na última semana, o Estado confirmou o primeiro caso de transmissão comunitária da variante Ômicron. Agora, a preocupação é em relação a vacinação dos adolescentes e das crianças.

De acordo com o secretário, um terço da população capixaba, cerca de 1,3 milhões de pessoas, só recebeu uma dose da vacina contra covid-19, incluindo crianças e adolescentes. Este grupo tem maior risco com a introdução da variante Ômicron.

"A variante é mais transmissíveis que as selvagens e que a Delta. Ela tem um potencial de evolução menor para casos graves e óbitos. No entanto, como é mais transmissível, e temos muitas pessoas não vacinada ou como uma dose, reconhecendo que uma dose não oferece proteção, podemos ter um aumento no número de casos", disse.

Nésio lembrou que alguns estudos sugerem que, em comparação com a variante Delta, o número de internações hospitalar por conta da variante Ômicron teve uma redução de cerca de 40%. Contudo, o número de internações pode subir nas próximas semanas no Espírito Santo.

Vacinação de crianças no ES não precisará de prescrição médica

Ainda de acordo com o secretário, o número de casos da nova variante é maior entre adolescentes e crianças. Por isso, Nésio destacou a importância da vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

"Temos uma urgência sanitária para vacinar os adolescentes com duas doses e também o inicio mais rápido possível da vacinação da população com idade pediátrica com vacinas que já estão autorizadas", disse.

O secretário destacou, ainda, que as vacinas são seguras e fundamentais para evitar casos e óbitos da doença. Nesta manhã, os secretários municipais assinaram um documento que determina que as crianças poderão ser vacinadas no Estado, com as vacinas já autorizadas pela Anvisa, sem a necessidade de apresentar prescrição médica.

Testagem deve ser ampliada no ES

Quase 600 mil testes de antígenos serão enviados aos municípios para fazer a triagem dos pacientes com sintomas gripais. O secretário destacou que irá solicitar cerca de 1,5 milhões de testes ao Ministério da Saúde.

Essa é uma medida para ajudar a identificar e diagnosticar os casos de covid e gripe. Pontos de testagem de livre demanda também devem ser disponibilizados nos municípios.

Fonte: Folha Vitória

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