Morte de agricultora no ES: mãe e filha são condenadas a 30 e 20 anos de prisão

A vítima Thamires Lorençoni (esquerda), as mandantes do crime, Sulamita Almeida e Flávia Almeida, e o pistoleiro, Wilson Roberto

O julgamento dos acusados pela morte da agricultora Thamires Lorençoni Mendes foi concluído na madrugada desta quinta-feira (02), dois anos após o crime. Ela foi morta com três tiros no dia 30 de novembro de 2019. Os réus tiveram penas que variam entre 20 e 30 anos de prisão.

A sessão aconteceu no Tribunal do Júri da Comarca de Vargem Alta, no Fórum Desembargador Carlos Soares Pinto Aboudib.

Sulamita Barbosa de Almeida, Flávia de Almeida da Silva e Wilson Roberto Barcellos Gomes tiveram julgamento que durou quase 13 horas.

De acordo com as investigações, as mandantes do crime foram Sulamita, a Sula, juntamente com a filha Flávia. O juiz José Pedro de Souza Netto determinou que Sula recebesse a maior pena, de 30 anos e três meses de prisão.

A pena imposta para Flávia, filha de Sulamita, foi de 20 anos e 11 meses. Wilson, acusado de ser o executor do crime, teve pena determinada de 23 anos e quatro meses de prisão.

Por já estar presa há quase dois anos, o tempo restante de reclusão para Sulamita será de 28 anos e quatro meses. Para Flávia, o tempo de reclusão restante é de 18 anos e 11 meses. Já Wilson, preso há um ano e cinco meses, deve ficar preso, ainda, por mais 21 anos e 10 meses.

Relembre o caso

Thamires Lorençoni Mendes tinha 26 anos, quando foi assassinada a tiros no dia 30 de novembro de 2019. As primeiras informações foram de que se tratava de um assalto, ocorrido na zona rural de Vargem Alta.

No dia do crime, Thamiris e o marido seguiam em um Caminhão Mercedes Benz, de cor azul, no sentido Vargem Alta, quando dois supostos criminosos, a bordo de um Volkswagen Voyage, de cor prata, emparelharam os veículos.

Assustado, o marido da vítima estacionou o caminhão no acostamento e um assalto foi anunciado. Eles efetuaram disparos e Thamiris foi atingida com três tiros, sendo socorrida ainda com vida até o Hospital Padre Olívio, no distrito de Boa Esperança, em Vargem Alta, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Cerca de uma semana após o crime, Sulamita Barbosa de Almeida e Flávia de Almeida da Silva, mãe e filha, foram presas pela Polícia Civil de Vargem Alta, por envolvimento no assassinato.

Em fevereiro de 2020, quase três meses após o crime, a Polícia Civil concluiu o inquérito do assassinato, que apontou que o crime teve motivação passional.

Somente em junho do mesmo ano, Wilson Roberto Barcelos Gomes, conhecido como ‘Negão Chaquila’, suspeito de matar a agricultora foi preso em Cachoeiro de Itapemirim.

A polícia abordou uma moto, pilotada por ele, levando uma mulher na garupa. Ele deu um nome falso, mas os militares descobriram a verdadeira identidade. O irmão dele, suspeito de envolvimento no crime, foi preso na casa da mulher, no bairro Alto Independência.

Fonte: Folha Vitória




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