2021 é ano com menor número de nascimentos no estado de SP



Há 18 anos não se via tão poucos registros de nascimentos como o de 2021, segundo os cartórios do estado de São Paulo, e isso pode ter uma ligação direta com a pandemia.

Desde 2003, quando os registros de nascimento começaram a ser contabilizados, esse número nunca foi tão baixo: pouco mais de 500 mil bebês foram registrados nos cartórios no ano passado.

O mês com o menor número foi outubro, quando só 40 mil crianças nasceram, e março foi o que registrou a maior quantidade de nascimentos: 49.551, segundo os cartórios.

“De fato, a gente a gente percebe que, a partir do momento do início da pandemia, março de 2020, dali a 9 meses, em 2021, cai consideravelmente esse número [de nascimentos], o que nos leva a crer que as pessoas, as famílias, optaram não ter filhos por causa da situação pandêmica”, analisa Andreia Ruzzante Gagliardi, diretora de comunicação da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-SP).

Bernardo, filho de Kelly Vieira da Silva, nasceu durante a pandemia — Foto: Reprodução/TV Globo


Para Kelly Vieira da Silva, mãe do Bernardo, o desafio começou em setembro de 2020, quando ainda não havia vacina. Ela encarou a gestação trabalhando na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

“Eu trabalhei até os 9 meses, mas no setor adulto, na linha de frente, eu trabalhei até os 6. Depois eu vim para o setor infantil, a demanda era menor”, conta.

Deu tudo certo durante a gravidez, ela não teve Covid-19, e o Bernardo nasceu saudável no começo de 2021.

Já a Flávia, mãe da Laura e da Isadora, escolheu ficar grávida independentemente da época e está no nono mês da gestação. “Eu sempre fui deixando: ‘Ah, no meu trabalho, não me dá licença… Sempre fui deixando para frente até que deu esse estalo junto com a pandemia. Ela veio, mesmo, como um sonho realizado que a pandemia não foi capaz de interromper.”

Fonte: G1

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