 |
| Foto: Reprodução redes sociais |
A capixaba Lyarah Vojnovic Barberan, mulher do meio-campista brasileiro Maycon, ex-Corinthians e atualmente no Shakhtar Donetsk, está desesperada com a situação de guerra na Ucrânia.
Ela é influenciadora digital e mora com o esposo e os dois filhos em Kiev, capital do país invadido por tropas militares da Rússia nesta quinta-feira (23).
O Shakhtar Donetsk é um dos principais clubes de futebol ucranianos. O Campeonato Ucraniano, que começaria nesta sexta-feira (24), foi suspenso
Em seu perfil nas redes sociais, ela postou vídeos relatando o que está passando com a família e o clima de caos da região.
"Os noticiários estão dizendo que está tudo certo, calma, mas não está. Estamos presos no hotel, e ninguém dá uma posição do que podemos fazer e como podemos sair. É desesperador ver os nossos filhos, as pessoas que estão aqui. Não são só os brasileiros que estão se abrigando no hotel, são outras pessoas também", disse a influenciadora.
Lyarah contou que está em um hotel da cidade com outros jogadores brasileiros de futebol e suas famílias e que teve de deixar a casa onde mora às pressas.
O grupo formado por atletas de Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev, dois dos principais clubes ucranianos, estão reunidos em um hotel na capital. Eles divulgaram um vídeo pedindo ajuda da embaixada brasileira em Kiev.
"Eu saí da minha casa correndo e não consegui pegar os meus cachorros. A situação está desesperadora. Então, eu peço, por favor, que compartilhem os vídeos, que nos ajudem. É tão difícil para nós quanto para a nossa família também que está no Brasil. Conto com as orações de vocês, peço ajuda, compartilhem para que a gente possa ter uma resposta. E não está tudo bem. A gente fala com a embaixada e a embaixada fala que tudo bem, que é o melhor lugar para a gente ficar, mas não é aqui que a gente quer ficar", desabafou, chorando.
A influencer nascida em Vitória mora na Ucrânia desde julho de 2018, quando o marido assinou contrato com o Shakhtar.
Ela pede que os vídeos sejam compartilhados para que haja mobilização junto às autoridades. Também criticou quem está ironizando a situação.
"Se vocês puderem compartilhar o que for, as pessoas aqui estão até brincando falando que brasileiro nunca acha que vai acontencer nada com eles. Mas nós não estamos aqui por brincadeira. Estamos aqui a trabalho", reforçou.
Num post, ela respondeu aos comentários de pessoas que enviaram mensagens dizendo que os brasileiros teriam se precipitado ao não sair da Ucrânia frente à escalada de tensão com a Rússia nas últimas semanas.
"Para as pessoas desavisadas que comentam sobre o fato dos jogadores não terem saído da Ucrânia antes, aviso a vocês que não é tão simples como parece, ou acham que queríamos estar nessa situação? Eles não estavam autorizados a deixarem o trabalho, existem contratos! Não falem o que não sabem. E aos que se preocupam, peço que orem. Deus na frente de tudo", destacou.
Rússia invade a Ucrânia e deixa mundo em alerta
A Rússia iniciou nesta quinta-feira (24) um ataque a diversas partes da Ucrânia, com bombardeios contra alvos militares em Kiev, Kharkiv e outras cidades no centro e no leste do país vizinho.
O presidente Vladimir Putin autorizou uma operação militar nos enclaves separatistas do leste do país, segundo o Ministério da Defesa russo.
Em pronunciamento na TV, Putin afirmou que a ação visa desmilitarizar a Ucrânia, mas não ocupá-lo. O presidente russo justificou sua decisão por um pedido de ajuda dos separatistas pró-russos e pela política agressiva da Otan com Moscou.
No pronunciamento, Putin também pediu que os ucranianos “larguem as armas e voltem para casa” e que os soldados que desistirem não serão atingidos. O presidente afirmou que se houver derramamento de sangue, será responsabilidade do governo ucraniano.
Putin também alertou que aqueles que "tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências que nunca conheceram". "Tenho certeza de que os soldados e oficiais da Rússia cumprirão seu dever com coragem (...) A segurança do país está garantida", disse.
A movimentação de tropas russas em território ucraniano causou indignação da parte dos Estados Unidos, do Reino Unido e da União Europeia. Até o momento, não há uma resposta militar, mas os países do Ocidente estudam sanções econômicos e punições no campo financeiro para a Rússia.
Fonte: Folha Vitória
.gif)