Com novo salário, Abel ganha mais que técnicos de Barça, Milan e Borussia

Abel Ferreira renovou contrato com o Palmeiras até 2024 - Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

A renovação de contrato de Abel Ferreira dará ao treinador do Palmeiras a maior remuneração da história do futebol brasileiro, uma grana tão alta que é digna dos "professores" que trabalham no primeiro escalão do futebol europeu.

Com o acordo, anunciado no último sábado, o vencedor das duas últimas edições da Copa Libertadores da América estendeu seu vínculo com o clube paulista até o fim de 2024 e irá receber 6,7 milhões de euros por temporada (R$ 34,9 milhões).

O Palmeiras emitiu nota oficial para negar os valores publicados pelo UOL Esporte, mas a reportagem mantém a informação publicada. "O Palmeiras volta a contestar, de forma veemente, a informação sobre o suposto salário anual do nosso técnico Abel Ferreira divulgada no sábado pelo UOL e reproduzida nesta segunda-feira pelo Blog do Rafael Reis. Os valores não correspondem à realidade. Lamentamos profundamente que uma notícia sem qualquer fundamento continue a ser difundida pelo mesmo portal", escreveu o clube.

Poucas equipes no mundo pagam tanto assim para um técnico. Na Inglaterra, o campeonato nacional mais rico e badalado do planeta, só nove clubes remuneram seus comandantes melhor que o Palmeiras.

O novo salário de Abel é maior do que o de 19 dos 20 times da primeira divisão francesa (só fica atrás do de Mauricio Pochettino, do Paris Saint-Germain) e que o de 17 das 18 equipes da Bundesliga alemã (perde para Julian Nagelsmann, do Bayern de Munique).

Na Itália, também é difícil encontrar clubes que pagam melhor do que o alviverde paulista. De acordo com levantamento recente feito pelo jornal francês "L'Équipe", somente Juventus, Roma e Inter de Milão superam o novo salário do campeão da América.

Mesmo sem sair do Brasil, o português de 43 anos irá ganhar mais do que alguns técnicos que comandam gigantes europeus acostumados a brigar pelos títulos mais importantes do futebol mundial.

Xavi Hernández, que dirige o Barcelona desde novembro, ganha algo em torno de 3,9 milhões de euros (R$ 20,3 milhões) anuais na Catalunha. Stefano Pioli, do Milan, fatura 2 milhões de euros (R$ 10,4 milhões) a cada 12 meses. E os rendimentos de Marco Rose, do Borussia Dortmund, estão na casa de 4,5 milhões de euros (R$ 23,5 milhões) por temporada.

O técnico de futebol mais bem pago do planeta é o argentino Diego Simeone. À frente do Atlético de Madri há mais de uma década, o ex-volante leva para casa 39,6 milhões de euros (206,3 milhões) por ano.

Quem ocupa o segundo lugar no ranking é o espanhol Pep Guardiola, que ganha 22,8 milhões de euros (R$ 118,8 milhões) a cada temporada no Manchester City. O alemão Jürgen Klopp, do Liverpool, e o italiano Antonio Conte, do Tottenham, completam o pódio, com 18 milhões de euros (R$ 93,8 milhões).

Com a pesada valorização salarial, o Palmeiras praticamente sepulta o risco de perder Abel para uma "proposta financeiramente irrecusável" vinda da Europa ou mesmo da seleção brasileira.

A CBF, que tem o técnico alviverde como um dos candidatos ao cargo para o pós-Copa do Mundo do Qatar-2022, paga "apenas" 3,9 milhões de euros (R$ 20,3 milhões) anuais a Tite. E olha que o comandante brasileiro é um dos mais bem pagos do mercado das seleções.

Abel Ferreira dirige o Palmeiras há cerca de um ano e meio e já conquistou quatro títulos pelo clube: duas Libertadores (2020 e 2021), uma Copa do Brasil (2020) e uma Recopa Sul-Americana (2022).

O próximo troféu pode ser o do Campeonato Paulista. Dono da melhor campanha e ainda invicto no Estadual, o time dirigido pelo português decide a competição contra o São Paulo.

Fonte: Uol


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