Infarto em cachorros é um risco real que precisa ser monitoriado

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É indispensavel que o tutor leve o animal de estimação para fazer um check-up ao menos uma vez ao ano, ou seguindo a orientação do veterinário.

O ataque cardíaco, ou infarto agudo do miocárdio, como é chamado, é algo relativamente comum em seres humanos e altamente perigoso, acontecendo quando há um bloqueio na corrente sanguínea para o coração.

No caso dos cachorros, o infarto é pouco observado, chegando a ser raro (se comparado aos humanos). Mas ainda assim é algo que merece atenção e deve ser observado. Segundo explica a médica veterinária Nathalia Fleming, isso ocorre devido ao metabolismo e à própria anatomia dos caninos.

“Os cães metabolizam as gorduras no sangue de forma diferente, assim como têm uma anatomia das artérias coronárias distinta. Com isso, os animais são menos propensos ao quadro [de infarto]”, diz a veterinária ao Canal do Pet.

Nathalia explica ainda que é comum que sintomas de outras doenças cardíacas sejam confundidos pelos tutores, como quando há a morte súbita do animal. Esses casos raramente estão associados ao infarto, sendo mais decorrentes de arritmia provocada por doença valvar degenerativa, cardiomiopatia dilatada e cardiopatias congênitas.

“Na maioria das vezes, os relatos de infarto em cães na verdade são uma confusão de algum sintoma relacionado a outras doenças do sistema cardiovascular”, ressalta.

Como saber se o cão pode infartar

Nos cachorros o infarto ocorre em pequenas artérias, sendo aqui denominados como pequenos infartos ou microinfartos. Muitas vezes o quadro apresenta sinais que são imperceptíveis no dia a dia do animal de estimação.

Segundo Nathalia, os sintomas ficam mais evidentes caso o episódio atinja o sistema elétrico cardíaco, que é responsável pela condução dos impulsos elétricos atuando na contração e relaxamento das câmaras cardíacas, átrios e ventrículos.

“Nesse caso, o animal pode desenvolver uma arritmia cardíaca que pode causar sintomas como desmaios ou até mesmo levar o animal a óbito se não for devidamente tratada”, alerta.

O que fazer para evitar o ataque cardíaco nos cães

“A prevenção é sempre a melhor estratégia!”, Nathalia destaca, lembrando que os sinais são pouco perceptíveis, o que torna a doença ainda mais perigosa.

“Os problemas no coração estão entre as principais causas de morte dos animais, isso ocorre pois os primeiros sinais de doença cardíaca se manifestam de forma sútil, o que pode não chamar a atenção do tutor e fazer com que o animal demore a ser diagnosticado, quando isso acontece, na maior parte das vezes, a enfermidade já está em um estágio muito avançado”, alerta.

Os problemas cardíacos, porém, podem ser tratados e o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar a qualidade e expectativa de vida do pet.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico das patologias cardíacas deve ser feito pelo médico veterinário, que será responsável por solicitar os exames necessários e pela avaliação do histórico do animal. Levar o animal de estimação frequentemente, para que seja realizado um check-up, é indispensável. Desta forma é possível não apenas identificar as doenças cardíacas, mas também qualquer outra doença que possa afetar o bem-estar e a qualidade de vida do animal.

“É importante reforçar que as idas periódicas ao médico veterinário são fundamentais para prevenção”, diz.

O que fazer ao identificar um infarto

Caso o tutor identifique qualquer mudança comportamental ou física no pet, ele deverá buscar ajuda profissional imediatamente. O médico veterinário será responsável por identificar o quadro e indicar o tratamento mais adequado.

Nathalia orienta que os tutores tenham sempre um contato de emergência para buscar ajuda sempre que o animal precisar. “Uma dica importante é saber, por exemplo, qual o hospital veterinário mais próximo da residência, isso poderá ajudar caso o animal precise de socorro imediato”, completa a veterinária.

Fonte: iG


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