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| Marcelo Bózio foi também vereador em Cachoeiro (2005-2008) e era assessor do deputado Theodorico Ferraço |
Este carnaval será lembrado com tristeza, seja pelo que está acontecendo no leste europeu (a invasão da Ucrânia pela Rússia, colocando em risco a paz mundial), seja pela guerra travada nas rodovias brasileiras, trazendo morte e dor às famílias, mas também pela morte prematura de Marcelo Bozio, 49 anos, ex-secretário de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
Marcelo era radialista e jornalista, foi também vereador em Cachoeiro de Itapemirim (200-2008), eleito na coligação PPS-PSB, e trazia na bagagem uma amizade longa com a família Ferraço, sendo por todos visto, pelo menos nas últimas duas décadas, como o assessor número 1 do decano da política capixaba, Theodorico de Assis Ferraço, ex-presidente da Assembleia, deputado estadual e político na ativa desde 1966 e com projeção nacional ao liderar, na Câmara dos Deputados, o movimento participação que resultou na criação do Partido da Frente Liberal, dissidente do PDS sucedâneo da Arena no final do regime militar.
Nas redes sociais, a deputada federal Norma Ayub (União Brasil) e Theodorico Ferraço, de quem é esposa, fizeram uma homenagem sentida: “Hoje é mais um dia de tristeza para nós. Nosso amigo, grande companheiro de trabalho, Marcelo Bózio, faleceu. Deixará em nossas mentes e nos nossos corações a lembrança dos bons momentos que estivemos juntos, nos dedicando e ao povo do nosso Estado do Espírito Santo, em especial na Prefeitura e Câmara de Vereadores de Cachoeiro de Itapemirim, como também na Assembleia Legislativa do nosso Estado. Com sua partida todos nós perdemos, porém, nosso bom Deus, com seu poder e amor, da mesma forma que Marcelo tratava a todos nós, o receberá com muito carinho”.
Marcelo Bozio Monteiro tinha sempre no rosto um sorriso simpático acompanhado de uma fala mansa. Tinha alma de poeta, o que demonstrava por gestos e atitudes, como na postagem do resgate de um passarinho preso à rede da janela (registrada no Facebook) ou no poema do último Dia de Finados (2 de novembro), que agora reproduzimos em homenagem a ele:
“A dor se fez saudade,
A saudade se fez memória,
A memória se fez presença
E a presença se faz proteção
E mantém vivo o amor,
Os ensinamentos e os exemplos
Daqueles que partiram
E nos aguardam junto de Deus… “
Os versos de Marcelo pareciam proféticos. Um violento câncer se espalhou por seu corpo a partir do estômago e, segundo amigos, ter sido alcançado pelo coronavírus tornou seu corpo menos resistente e a praga se aproveitou para ocupar espaços vitais. Na tarde de segunda-feira, 28, seu quadro piorou, ele foi para a UTI e suportou poucas horas.
Marcelo Bózio, como dizem seus versos, “a memória se fez presença”. Ninguém morre enquanto estiver vivo na memória dos que amou e o amaram.
O velório será nesta quarta-feira (02), no Cemitério Central Park de Cachoeiro de Itapemirim, no bairro IBC, a partir das 7h. O sepultamento está previsto para às 10h do mesmo dia.
Fonte: TNL
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