Operação prende suspeitos de integrar quadrilha que aplicava golpe do WhatsApp em 15 estados


Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira (6) suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada no uso de dados pessoais de terceiros para a prática de crimes de estelionato por meio do WhatsApp.

A operação, chamada de Camaleão, foi realizada pelo Ministério Público e pela Polícia Militar de Minas Gerais com apoio das instituições do Mato Grosso.

Segundo o promotor Mauro Ellovitch, a quadrilha já aplicou golpes em 15 estados do país (veja no mapa abaixo) e gerou danos estimados em R$ 1,8 milhão. As investigações começaram em Minas Gerais, onde há mais de 40 registros de notícia crime.

Mapa mostra estados das vítimas do golpe praticado pela organização criminosa no Brasil — Foto: MPMG/ Divulgação

O golpe é conhecido: os criminosos conseguem dados da vítimas e entram em contato com parentes delas solicitando a transferência de valores.

Além dos sete mandados de prisão, 14 de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso.

Materiais apreendidos durante a operação Camaleão — Foto: MPMG, PMMG E MPMT/ Divulgação

Materiais apreendidos durante a operação Camaleão — Foto: MPMG, PMMG E MPMT/ Divulgação

Os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, falsa identidade, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O que diz o WhatsApp

Em nota, o WhatsApp afirmou que, por utilizar criptografia de ponta a ponta como padrão, não tem acesso ao conteúdo das mensagens trocadas entre usuários.

"O aplicativo encoraja que as pessoas reportem condutas inapropriadas diretamente nas conversas, por meio da opção “denunciar” disponível no menu do aplicativo (menu > mais > denunciar). Os usuários também podem enviar denúncias para o email support@whatsapp.com, detalhando o ocorrido com o máximo de informações possível e até anexando uma captura de tela", disse, em nota.

O WhatsApp afirmou ainda que, para cooperar com investigações criminais, pode "fornecer dados disponíveis em resposta às solicitações de autoridades públicas e em conformidade com a legislação aplicável".

Fonte: G1


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