Advogado que matou vendedor de pamonhas no trânsito terá que pagar indenização à família da vítima

Advogado foi preso e levado para a delegacia de polícia civil de Santarém — Foto: Bena Santana/94 FM

O advogado que atropelou e matou um vendedor de pamonhas no trânsito, em Santarém, no oeste do Pará, terá que pagar uma indenização de mais de R$ 350 mil à família da vítima. O acusado também recebeu pena de 7 anos e 6 meses de prisão em regime semiaberto, mas a pena foi convertida em duas restritivas de direitos.

A decisão foi proferida pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de Santarém, Alexandre Rizzi, nesta terça-feira (3).

"Não restam dúvidas no tocante à autoria do crime, uma vez que de maneira voluntária, o réu conduziu a caminhonete sob a influência de álcool e culposamente, devido a sua diminuição de reflexos e acentuada liberação de freio inibitórios inerentes ao consumo de álcool, deu ensejo à morte da vítima", diz um trecho da decisão.

De acordo com a sentença, a pena restritiva de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direitos:

Pagamento de indenização à família da vítima no valor de 360 salários mínimos vigentes à época dos fatos (R$ 359.280,00).

Prestação de serviços à comunidade.

O advogado também teve suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de 3 anos e 6 meses.

A casa avaliada em R$ 400 mil oferecida à justiça como garantia da fiança, deverá permanecer bloqueada até o pagamento da indenização arbitrada na sentença.

O juiz Alexandre Rizzi concedeu ao advogado o direito de recorrer em liberdade e revogou as cautelares arbitradas na época do acidente.

Emerson morreu ainda no local do acidente — Foto: Reprodução/Redes sociais

O caso aconteceu no acostamento da Av. Cuiabá, em frente ao escritório da Cosanpa em setembro de 2019 quando Raimundo Nonato Amaral Lima, de 60 anos, atropelou e matou Emerson de Oliveira Cardoso, 24 anos, arremessando o corpo da vítima mais de 20 metros do local da batida.

Raimundo Nonato estava dirigindo alcoolizado e também bateu em um poste (deixando o semáforo jogado na pista), e um veículo de passeio.

Na ocasião Raimundo Nonato foi preso e para responder ao processo em liberdade foi arbitrada fiança de R$ 100 mil. O advogado ofereceu um imóvel avaliado em R$ 400 mil como garantia, mas teve suspensa a habilitação e o direito de dirigir.

Fonte: G1


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