Bombeiros apontam causa de desabamento de casa em Vila Velha

Eduardo Cardoso, de 68 anos; a filha Camila Morassuti, de 33 anos; e a neta Sabrina Morassuti, de apenas 15 anos, morreram no desabamento - Foto: Montagem / Folha Vitória

Este é o terceiro dia consecutivo em que equipes da Prefeitura de Vila Velha e do Corpo de Bombeiros trabalham na limpeza do terreno onde uma casa de três andares desabou no bairro Cristóvão Colombo, no último dia 21 de abril.

O que causou o desabamento do imóvel está perto de ser revelado. Para o Corpo de Bombeiros, não há dúvida de que um vazamento de gás provocou a tragédia, que matou três pessoas da mesma família: pai, filha e neta.


A perícia descartou a hipótese de o desabamento ter sido provocado por haver um kit gás em um dos veículos da família. Para o capitão Loreto do Corpo de Bombeiros, não há dúvidas de que a tragédia foi provocada por um vazamento de gás; mas ainda não se sabe de onde o combustível escapou.

Larissa Morassuti, de 37 anos, foi a única sobrevivente do desabamento da casa, que tinha três andares. Na última quinta-feira (28), ela gravou um vídeo e falou pela primeira vez sobre a tragédia.

Larissa morava na casa com o pai, Eduardo Cardoso, de 68 anos; a irmã Camila Morassuti, de 33 anos, e a filha da Camila, Sabrina Morassuti, de apenas 15 anos. Após ser retirada dos escombros, Larissa precisou ficar internada por seis dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"No hospital, eu não tinha dimensão nenhuma de como isso estava aqui fora. Enquanto eu estive ontem e hoje na rua tentando resolver questão de celular, algumas pessoas me reconheceram na rua e questionaram o porque fiquei na UTI e estava andando. Fiquei na UTI porque os escombros fizeram uma taxa aumentar e eu precisei ficar internada", explicou.

A casa onde ela morava tinha três andares e desabou, no dia 21 de abril, em Cristóvão Colombo, Vila Velha. Uma explosão fez com que o imóvel viesse abaixo.

"Eu não sei por onde recomeçar a minha vida. Desde quando eu perdi a minha mãe há 20 anos, eu luto praticamente sozinha. Foi uma enxurrada de oração, de ajuda. Mas mesmo com toda ajuda do mundo, não sei por onde recomeçar. Estou fazendo apenas o burocrático, documentos. Não tenho previsão de quando minha vida vai voltar ao normal. Mesmo assim, nunca será normal. Perdi três pessoas do meu convívio diário, meu pai era meu melhor amigo. É muito triste", lamentou.

A explosão destruiu a casa da família de Larissa e também afetou 17 residências e 41 moradores. Desse total, apenas uma casa, onde não mora ninguém continua, interditada.
"Sinceramente, existe culpa. Eu me sinto culpada de ter sobrevivido sozinha. Porque eu sobrevivi? Quando digo isso minha família fica triste. Vou fazer tratamento psicológico."

Para arrecadar fundos que ajudarão neste recomeço, uma vaquinha online foi criada por parentes de Larissa. Quem quiser colaborar com qualquer valor, basta acessar o link oficial: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/larissa-sobrevivente-do-desabamento.

Fonte: Folha Vitória


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