Estados Unidos confirmam primeiro caso de varíola do macaco

Casos de varíola do macaco foram confirmados nos últimos dias em países da Europa- WIKIMEDIA COMMONS

O governo do estado americano de Massachusetts confirmou nesta quarta-feira (18) o primeiro caso de varíola do macaco. O paciente é um homem adulto que tinha histórico de viagem recente ao Canadá.

Autoridades sanitárias estão rastreando contatos próximos dele para tentar seguir a cadeia de transmissão do vírus.

"O caso não apresenta risco para a população, e o indivíduo encontra-se internado e em boas condições", disse o Departamento de Saúde Pública de Massachusetts em comunicado.

O anúncio ocorre no momento em que a Europa registra casos confirmados e suspeitos de varíola do macaco. No Reino Unido, sete pacientes foram diagnosticados com a infecção; em Portugal, houve cinco confirmações e 20 suspeitas; a Espanha investiga 23 casos.

O vírus é transmitido normalmente de roedores para humanos, mas a transmissão entre pessoas pode ocorrer por meio de contato próximo.

Espanha e Reino Unido consideram que a via sexual possa ter sido a forma como o vírus se espalhou entre os pacientes daqueles países.

A Agência de Segurança Sanitária britânica informou que "os casos recentes foram em gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens. A varíola do macaco pode ser passada por meio de contato próximo, incluindo atividade sexual. Homens nessas comunidades devem ficar atentos aos sintomas".

“De modo geral, a transmissão da varíola do macaco é respiratória, mas as características dos oito casos suspeitos em Madri apontam para o contato com fluidos. Os oito casos são de homens que fazem sexo com homens. Eles estão bem, mas essa doença pode exigir tratamento hospitalar”, afirmou o porta-voz do Departamento de Saúde de Madri em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Todavia, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doença) dos Estados Unidos afirma que "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola por meio do contato com fluidos corporais, feridas da varíola ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) que foram contaminados com fluidos ou feridas de uma pessoa com varíola".

"A varíola do macaco é uma doença viral rara, mas potencialmente grave, que normalmente começa com uma doença semelhante à gripe e inchaço dos gânglios linfáticos e progride para uma erupção cutânea generalizada no rosto e no corpo. A varíola do macaco ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 ocorrências na Nigéria e pelo menos oito casos exportados internacionalmente", explica o órgão.

Fonte: R7


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